MAPEAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2341Palavras-chave:
EPIDEMIOLOGIA, MORTALIDADE, CÂNCER DE MAMAResumo
Introdução: O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama. Na maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. Contudo, nota-se escassez de estudos recentes, na literatura, que mostrem esse panorama no Brasil. Objetivo: Explorar os aspectos sociais, demográficos e epidemiológicos dos óbitos de indivíduos com câncer de mama no território brasileiro em um período de oito anos. Material e Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, de cunho quantitativo, com análise do período de janeiro de 2011 a dezembro de 2019 acerca dos dados sociodemográficos e epidemiológicos do Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS e dados populacionais de indivíduos de 0 a 80 anos no Brasil por meio do IBGE. Foi aplicada a estatística descritiva e análise de frequências relativa e absoluta. As variáveis utilizadas foram número de indivíduos no Brasil, óbitos por ocorrência, faixa etária, regiões brasileiras, cor/raça, sexo. Resultados: Com base no IBGE, o Brasil tinha cerca de 190.732.694 pessoas em 2010. Segundo os dados coletados no SIM, no período de 2011 a 2019, 141.098 pessoas faleceram em decorrência de Câncer de Mama, tendo as três maiores regiões: 50,66% Sudeste, 21,43% Nordeste e 17,56% Sul. Constata-se ainda que há prevalência de mortes acima de 50 anos, representando 23,77% (n = 33.540), seguido por 22,07% (n =31.146) de 60 a 69 anos; 16,3% (n = 23.117) de 70 a 79 anos; e 15,9% (n = 22.528) 40 a 49 anos. Percebeu-se também, uma prevalência de óbitos em mulheres, representando 98,8% (n=1.607) dos casos, enquanto indivíduos do sexo masculino, representaram 1,13%(n=139.480) e 0,007% (n=11) sexo ignorado. No que se refere à cor/raça, constatou-se predomínio de casos entre os pacientes declarados brancos 59,17% (n = 83.496), seguido dos declarados pardos 28,79% (n = 40.626), apresentando o menor número de casos entre os indivíduos declarados indígenas 0,09% (n = 127). Conclusão: Portanto, o presente estudo demonstrou que existe um risco relevante de morte entre mulheres brancas, principalmente após os 50 anos, na região sudeste. Dessa forma, é necessário o acompanhamento contínuo do mapeamento de casos, para promoção de saúde e prevenção da doença.
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