ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE A INCIDÊNCIA DO VÍRUS ZIKA E O DESENVOLVIMENTO DA MICROCEFALIA EM RECÉM-NASCIDOS NO ESTADO DE RONDÔNIA ENTRE OS ANOS DE 2017 E 2018
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2176Palavras-chave:
ZIKA, MICROCEFALIA, RELAÇÃOResumo
Introdução: O zika vírus é uma arbovírus cujo principal vetor no Brasil é o mosquito Aedes aegypti. Sua transmissão, por via perinatal, pode acarretar complicações no desenvolvimento fetal, a principal delas é a microcefalia. Nesse sentido, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), essa patologia ocorre quando o perímetro cefálico é menor que menos dois desvios-padrão do que a referência para o sexo, a idade ou tempo de gestação. Consequentemente, observa-se que o surto do vírus Zika no Brasil, ocorrido de 2015 a 2016, contribuiu para um aumento na incidência desse vírus em Rondônia. Portanto, ao se registrar gestantes acometidas por esse patógeno, foi necessário averiguar a possível correlação existente entre o Zika e o desenvolvimento de síndromes encefálicas em bebês. Objetivo: Logo, este estudo buscou analisar a confluência entre o acometimento de Zika vírus e o desenvolvimento da síndrome congênita em crianças de Rondônia. Materiais e Métodos: Para tanto, foi utilizado uma pesquisa quantitativa descritiva, através do coletas de dados epidemiológicos nas ferramentas on-line de rastreio de boletins epidemiológicos no Brasil, como: DATASUS, Saúde de A a Z e Secretaria de Vigilância em Saúde, no intervalo de 2017 e 2018. Resultados: Destarte, foi observada a redução do número de casos confirmados de zika vírus de 2017 para 2018 em Rondônia (de 515 para 258) e ainda, outra queda nos dados referentes ao possível desenvolvimento de síndromes congênitas em bebês com mães infectadas pelo vírus (de 16 para 3), no mesmo período e no mesmo estado. No ano de 2018, quando comparado com 2017, as medidas profiláticas e de contenção do vírus passaram a se mostrar mais eficientes, gerando uma queda no número de casos da incidência do vírus, que reduziu o quantitativo de neonatos que apresentaram o quadro de síndrome congênita, ratificando a hipótese da relação existente entre as duas doenças. Conclusão: Assim, este estudo constatou que há relação da transmissão transplacentária do vírus Zika, já que a microcefalia se enquadra, ainda, como a única complicação perinatal relacionada ao vírus. Portanto, é essencial um diagnóstico precoce para que ocorra a amenização da gravidade dos defeitos congênitos desencadeados nos recém-nascidos.
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