DIAGNÓSTICO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2150Palavras-chave:
DIAGNÓSTICO, ESQUISTOSSOMOSE MANSONI, PARASITOLOGIAResumo
Introdução: A esquistossomose mansoni, cujo agente etiológico é o Schistosoma mansoni, é uma parasitose infectocontagiosa que carrega um espectro patológico variável e apresenta diferentes formas de manifestações e evoluções clínicas, englobando distúrbios pulmonares, digestivos, glomerulares e lesões ectópicas. Objetivos: O artigo pretende apresentar uma revisão de literatura acerca do diagnóstico da esquistossomose mansoni. Material e métodos: A revisão de literatura foi realizada através de artigos coletados nas bases de dados PubMed e Google Acadêmico. Utilizou-se a estratégia de busca com as palavras-chave: Diagnóstico; Esquistossomose mansoni; Parasitologia. Selecionou-se 5 artigos conforme critério de abordagem pertinente ao tema. Resultados: O diagnóstico da esquistossomose mansoni é realizado mediante análise clínica, análise laboratorial e exames de imagem. A avaliação clínica baseia-se na identificação de sinais e sintomas da infecção e na investigação do histórico de exposição a água ou alimentos contaminados. Na avaliação laboratorial, os exames parasitológicos são fundamentais para a constatação de ovos do helminto nas fezes do hospedeiro, entretanto apresentam baixa sensibilidade em áreas com predominância de infecções com pequena carga parasitária. Em contrapartida, a biópsia retal, essencial no controle da cura, possui maior positividade do que o parasitológico de fezes, enquanto as biópsias tissulares são importantes para a avaliação histopatológica. Métodos imunológicos, como reações de fixação do complemento, intradermoreação, imunofluorescência indireta, técnica imunoenzimática e ELISA de captura, são utilizados especialmente na fase crônica da doença. Em exames inespecíficos, como o hemograma, pode-se encontrar leucocitose e eosinofilia acentuada, na fase aguda, e anemia hipocrômica, leucopenia e trombocitopenia, nas formas crônicas compensadas. Nas provas de função hepática verifica-se, na fase descompensada, elevação das aminotransferases, bilirrubinas e alargamento do tempo de atividade de protrombina, já as provas de função renal mostram-se alteradas quando há nefropatia esquistossomótica. Os exames de imagem, como ultrassonografia abdominal, endoscopia digestiva, telerradiografia de tórax, ecocardiograma e ressonância magnética, permitem identificar os comprometimentos anatomofisiológicos decorrentes da infecção. Conclusão: Em síntese constatou-se que o diagnóstico da esquistossomose mansoni é realizado mediante avaliação clínica, laboratorial e exames de imagem, de modo a definir o Schistosoma mansoni como causa primária dos distúrbios e identificar o comprometimento decorrente da esquistossomose em variados sistemas do organismo.
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