OBSTRUÇÃO URETRAL E AZOTEMIA EM FELINO: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1912Palavras-chave:
CATETERISMO URETRAL, CREATININA, FLUIDOTERAPIA, UREMIAResumo
Introdução: A obstrução uretral em felinos é um sinal clínico comum da doença do trato urinário inferior da espécie, no qual quando associada a outras alterações, geralmente o animal apresenta um quadro de disúria ou anúria, podendo evoluir a óbito. Objetivos: Relatar um caso de obstrução uretral em um felino macho, destacando a importância do rápido manejo de desobstrução e suporte terapêutico para reversão de quadro da azotemia intensa. Material e métodos: Um felino macho, sem raça definida, 3 anos, castrado, foi atendido na clínica veterinária “Provet Soluções Veterinárias” com inapetência, prostração, hipertermia, desidratação, mucosas hipocoradas e vesícula urinária repleta na palpação abdominal. Na anamnese foi relatado como principais queixa: apatia, anorexia, disúria há cerca de dois dias, sendo indicativo de um quadro de obstrução uretral. Foi realizado o hemograma completo e perfil bioquímico com dosagem de ureia e creatinina, observando-se intensa leucocitose, neutrofilia e monocitose absoluta, aumento nos valores da ureia e creatinina: 650 mg/dL e 13,1 mg/dL, respectivamente. O animfal foi sedado com Xilazina 2% associado à Ketamina 2 mg/kg e realizado o processo de desobstrução uretral com sonda uretral tipo Tom Cat (sem mandril). O animal foi submetido a lavagem vesical BID com 40 ml de soro fisiológico, fluidoterapia intravenosa com cloreto de sódio à 0,9% e administração por via subcutânea de dexametasona (0,5 mg/animal/SID) e enrofloxacina (5mg/kg/SID). No quarto dia de internação, a urina se apresentava de forma límpida, clara e sem sinais de infecção. Resultados: Um novo exame bioquímico foi realizado, no qual foi constado a normalização nos níveis séricos de ureia e creatinina. O animal recebeu alta médica com prescrição de enrofloxacina por via oral (5mg/kg/SID) por 3 dias, ração urinary por 60 dias e Pró-Rim Homeopático Veterinário, sendo administrado uma borrifada diretamente na mucosa oral, por 30 dias. Conclusão: Pode-se confirmar, a partir do caso relatado, o sucesso terapêutico da fluidoterapia associado ao processo de desobstrução e sondagem por até três dias para a correção dos efeitos da uremia e evitar possível recidiva, evitando dessa forma uma afecção adversa dos rins e uma possível patologia renal.
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