ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA DERMATITE PIOTRAUMÁTICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1899Palavras-chave:
PIODERMITE, HOT SPOT, PRURIDO, HIPERSENSIBILIDADEResumo
Introdução: A pele é o maior órgão do corpo e fornece uma barreira contra os microrganismos presentes no ambiente, porém, podem ocorrer infecções quando a integridade cutânea é lesada, expondo-a a umidade, bactérias ou quando a imunocompetência está comprometida. A dermatite piotraumática, também conhecida por dermatite aguda úmida ou hot spot, é uma piodermite superficial frequente na rotina da clínica de pequenos animais. Se desenvolve rapidamente devido ao trauma autoinfligido, quando o paciente lambe, mastiga ou arranha uma área do corpo em resposta a um estímulo pruriginoso ou doloroso. Geralmente observa-se alopecia circular, com eritema, secreção purulenta e aglutinação dos pelos, esse processo se instala rapidamente, podendo desencadear outras lesões mais severas. O diagnóstico deve ser realizado por exclusão, considerando a possibilidade de infecção bacteriana secundária e procurando descartar a presença de ectoparasitas, sobretudo as pulgas, carrapatos e a escabiose. O diagnóstico é baseado no histórico clínico e no exame físico do paciente. Demodiciose, dermatofitose, hipersensibilidade alimentar e atopia, devem ser incluídos no diagnóstico diferencial, principalmente nos casos redicivantes e pruriginosos. Não devemos esquecer de investigar a causa primária do problema, já que a recidiva é bastante frequente nesses casos. Objetivos: Relatar a conduta terapêutica no tratamento da dermatite piotraumática. Descrever o diagnóstico diferencial e os sinais clínicos mais evidentes envolvidos na dermatite piotraumática. Material e Métodos: Para a realização deste trabalho, buscou-se artigos científicos publicados na base de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Google Acadêmico e pesquisas de monografias, teses e dissertações. Resultados: Diante da complexidade do diagnóstico, o tratamento clínico deve ser direcionado para o controle do prurido e possível infecção bacteriana secundária. Recomenda-se limpeza criteriosa da lesão, utilizando antissépticos como a clorexidina e, em casos um pouco mais severos, pode ser necessário o uso de corticoide e antibioticoterapia sistêmica. Conclusão: O tratamento da dermatite piotraumática baseia-se na limpeza periódica das lesões com antissépticos e, em alguns casos, no emprego de corticoide e antibioticoterapia sistêmica. O prognóstico vai depender do correto diagnóstico e do precoce tratamento, enfatizando a necessidade de sempre buscar a causa primária do problema, a fim de se evitar recidivas.
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