OSTEOSSÍNTESE DE FRATURA METAFISÁRIA PROXIMAL DA TÍBIA EM CÃO IMATURO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1824Palavras-chave:
ORTOPEDIA, TÍBIA, METÁFISEResumo
Introdução: A fratura metafisária proximal da tíbia é incomum, causado por lesão de baixo impacto, e tende a afetar filhotes, exigindo redução anatômica precoce para preservar o crescimento e prevenir danos secundários a função do joelho. Objetivos: Objetivou-se relatar um caso de fratura metafisária proximal da tíbia em cão filhote e descrever a técnica cirúrgica utilizada com sucesso. Materiais e métodos: Um canino, fêmea, com 5 meses de idade, chihuahua, 1 kg, foi atendido com histórico de trauma decorrente de queda. Apresentou sinais de dor e impotência funcional do membro pélvico direito com 2 dias de evolução. Ao exame ortopédico, evidenciou-se dor, crepitação e instabilidade da região proximal da tíbia direita. A radiografia evidenciou uma fratura no aspecto distal em relação a tuberosidade tibial, perfil curvo, sendo o segmento proximal côncavo e o segmento distal convexo, e optou-se pela estabilização com tala. Após 7 dias, observou-se apoio do membro, porém sem sua utilização ao caminhar. O acompanhamento radiográfico evidenciou início da formação de ponte óssea entre os fragmentos proximais e distais e o procurvatum do fragmento proximal da tíbia. Desta forma, optou-se pela redução aberta com com placa óssea bloqueada Fixin® 1,5 mm em forma de “T”, fixada a parafusos bloqueados de 1,5 mm. Resultados: No pós-operatório imediato, a avaliação radiográfica evidenciou alinhamento e aposição dos fragmentos ósseos, porém o parafuso cranial do fragmento proximal transpassou de maneira obliqua a linha de crescimento proximal. Após 30 dias, o exame radiográfico evidenciou ausência de linha de fratura e o fechamento precoce da epífise proximal lateral. Após 60 dias, o exame radiográfico mostrou um desvio angular valgo da tíbia proximal. Clinicamente, observou-se ausência de claudicação, com apoio completo do membro em estação e durante atividade física. No exame ortopédico, apresentava ausência de crepitação, dor e instabilidade e amplitude de movimento articular normal, recebendo alta clínica. Os implantes aplicados na placa de crescimento predispõe o fechamento precoce, sendo a principal consequência as deformidades de crescimento. Conclusão: Conclui-se que a estabilização com placa óssea proporcionou resultado clínico favorável, porém o acompanhamento clínico é importante para prevenção de processo degenerativos a longo prazo.
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