A RELAÇÃO ENTRE CARNE VERMELHA E PROCESSADA NA DIETA HUMANA COM OS FATORES DE RISCO PARA O CANCRO COLORRETAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1584Palavras-chave:
CARNE VERMELHA, CARCINOGÉNESE, NEOPLASIAResumo
Introdução: Uma das principais diferenças entre carne vermelha e carne branca é a quantidade da molécula heme presente na mioglobina do músculo, com elevadas concentrações na carne vermelha. A heme é degradada libertando ferro ferroso livre, que pode promover cancro através de algumas vias independentes. Objetivo: Diante do exposto, objetivou-se explicitar as vias independentes através da revisão de literatura. Metodologia: O levantamento bibliográfico abrangeu periódicos que continham informações sobre o consumo de carne vermelha e processada e sua relação com a oncologia, resgatados através da Internet, via Google Scholar. Resultados: Graças a diversos estudos epidemiológicos e pré-clínicos, foram elucidados três mecanismos que relacionam o consumo de heme com o risco de cancro colorretal: a peroxidação lipídica, a formação de compostos N-nitrosos e a citotoxicidade. Quanto ao primeiro mecanismo referido, o ferro heme participa em reações geradoras de radicais livres, havendo a produção de ERO (espécie reativa do oxigênio). Por sua vez, as ERO estão envolvidos na peroxidação lipídica, um processo complexo que causa a formação de aldeídos citotóxicos e genotóxicos e estes aldeídos são capazes de promover a progressão cancerígena, como demonstrado em estudos epidemiológicos e experimentais. Para além deste mecanismo, as ERO podem levar ao dano oxidativo do DNA, ou seja, induzir mutações genéticas. O segundo mecanismo está relacionado com o papel catalítico do ferro heme da carne vermelha e do nitrosil heme da carne processada na produção endógena de compostos N-nitrosos. Por último, a citotoxicidade é a qualidade de algo ser tóxico para as células. Pensa-se que o ferro heme aumenta a citotoxicidade do cólon ao lesionar as suas células e inibir a apoptose celular, podendo levar a hiperplasia e, assim, pode evoluir para malignidade. Conclusão: Verifica-se com os dados apresentados pelo presente estudo que a carne vermelha e processada apresenta fatores de risco para o cancro colorretal.
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