POLIFARMÁCIA E AVALIAÇÃO DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NO IDOSO COM CÂNCER
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1579Palavras-chave:
CANCER, DRUG INTERACTION, ELDERLYResumo
Introdução: Sabe-se que os idosos com câncer apresentam maiores fragilidades e comorbidades, comparada à outras faixas etárias. Outrossim, esses, propensos ao uso de diferentes medicamentos, nomeado de polifarmácia, decorrentes das múltiplas necessidades, apresentam um maior desafio quando se adiciona o diagnóstico de câncer. O tratamento oncológico impõe cuidados adicionais pelo maior risco de interação medicamentosa. Diante disso, o médico deve promover abordagens individualizadas, minimizando a polifarmácia quando possível, e evitando combinações entre drogas potencialmente perigosas, tanto de forma aditiva, causando toxicidade aumentada ou novo efeito inesperado, quanto de forma inibidora, causando perda de eficácia do tratamento. Objetivos: Analisar o impacto da polifarmácia e das interações medicamentosas no paciente oncológico idoso. Materiais e Métodos: Para adquirir resultados verossímeis acerca do tema “Polifarmácia e avaliação das interações medicamentosas no idoso com câncer”, foram inseridos no buscador da plataforma MEDLINE (PubMed), as palavras-chave, “cancer”, “drug interaction” e “elderly”. As buscas identificaram artigos apenas em inglês. Resultados: A prevalência da polifarmácia permanece elevada entre pacientes idosos com câncer. Isso se deve ao tratamento de comorbidades pre-existentes, aliado ao tratamento do câncer nesses pacientes. Polifarmácia, interações medicamentosas e medicamentos potencialmente inadequados foram reconhecidos como fatores predisponentes para reações adversas medicamentosas em pacientes oncológicos idosos. Assim, a polifarmácia relaciona-se ao desenvolvimento de: novas comorbidades, síndrome da fragilidade, deficiência das funções físicas, declínio funcional, delírio, aumento do risco de quedas, redução da sobrevida e toxicidade relacionada à quimioterapia. Ademais, associa-se a complicações pós-operatórias, ao aumento do tempo de internação e ao aumento de despesas médicas. Conclusão: Faz-se mister uma abordagem individualizada ao paciente oncológico idoso, diante dos desafios associados com a polifarmácia e suas possíveis interações medicamentosas. Ademais, é vital a amplificação de esforços por parte do organizações de saúde, globalmente, fomentando a redução das prescrições indiscriminadas para população supracitada.
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