DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA DECORRENTE DE INFECÇÃO POR CHLAMYDIA TRACHOMATIS
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1509Palavras-chave:
CLAMÍDIA, DIP, GRAM-NEGATIVA, PERITONITE, SALPINGITEResumo
Introdução: O gênero Chlamydia integra um grupo de bactérias gram-negativas, parasitos intracelulares obrigatórios com tropismo por epitélios oculares e órgãos genitais. Dentre as espécies conhecidas, destaca-se a Chlamydia trachomatis que, em mulheres, afeta o colo do útero e uretra, podendo causar endocervicite e disúria. Uma vez não tratada, essa infecção chega às trompas e causa a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), o que a torna um quadro clínico muito preocupante. OBJETIVOS: Relacionar a gênese da DIP com o desenvolvimento da infecção por C. trachomatis, analisando o grau de interferência dessa inficionação com o surgimento das manifestações clínicas típicas da DIP. Materiais e Métodos: Por meio de um levantamento bibliográfico detalhado, foram selecionados estudos publicados entre setembro de 2012 e março de 2021, utilizando as plataformas PUBMED, SCIELO e WEB OF SCIENCE como base de dados, operando os descritores “Doença Inflamatória Pélvica”, “Chlamydia trachomatis”, “DIP” e “Clamídia”, nos idiomas inglês e português. Resultados: A DIP consiste em um processo inflamatório que pode ocorrer através de diversas vias, incluindo uma via ascendente, pela qual há infecção por microrganismos, que ascendem pelo canal vaginal, como na infecção por C. trachomatis. Após instalada, a DIP se manifesta em quatro estágios seguidos: Inicialmente nota-se o surgimento de endometrite, salpingite e peritonite; Em seguida, a salpingite aguda permanece associada à peritonite; Já no terceiro estágio, a salpingite aguda torna-se associada à abscessos tubo-ovarianos e oclusão tubária; Por fim, nota-se a presença de abscesso tubo-ovariano rompido. Após ascender para o trato genital superior, a bactéria pode desencadear uma resposta inflamatória, caracterizando-se como fibrinosa ou supurativa, devido aos danos causados por todo o epitélio das tubas uterinas e ovários, os quais, por mediação do sistema imune, começam a se regenerar, resultando em cicatrizes e abscessos que, caso se rompam, podem originar choques sépticos. Conclusão: A DIP pode ter diferentes fatores etiológicos, dentre eles o principal é o que ocorre pela via ascendente, decorrente de infecção por Chlamydia trachomatis, que poderá levar à diferentes manifestações clínicas dependendo do estágio evolutivo, sendo essa classificação de estágio necessária para determinação da terapia adequada e melhoria na qualidade de vida dos pacientes afetados.
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