OCORRÊNCIA DE NEFRITE LÚPICA EM PACIENTES ACOMETIDOS POR LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1494Palavras-chave:
AUTOIMUNE, INFLAMAÇÃO, LÚPUS E RINSResumo
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma uma doença de natureza autoimune, de caráter inflamatório e crônica. Possui etiologia indefinida, sendo categorizada como uma condição reumatológica, mais especificamente, como uma colagenose. A LES é responsável por desencadear diversas manifestações clínicas graves, dentre as quais, destaca-se a Nefrite Lúpica (NL). Objetivos: Relacionar o desenvolvimento da inflamação nos rins em pacientes diagnosticados com a condição autoimune LES, analisando os fatores determinantes de tal interferência. Materiais e Métodos: Por meio da análise da bibliográfica disponível, foi realizada uma revisão narrativa, selecionando artigos publicados no período de junho de 2016 a março de 2021, empregando as plataformas PUBMED, WEB OF SCIENCE e SCIELO como bases de dados para o presente estudo. Os descritores operados na pesquisa, em português e inglês, foram: “ Lúpus Eritematoso Sistêmico”; “Nefrite Lúpica”; “Glomerulonefrite lúpica” e “Lúpus”, manipulando critérios inclusivos e exclusivos para seleção dos artigos usados no estudo. Resultados: A NL é uma condição comum e grave do LES, tornando-se um estado ainda mais dispendioso em adolescentes negras. Genericamente, cerca de 30 a 50% dos pacientes apresentarão manifestações clínicas e alguma patologia renal por consequência deste diagnóstico. Em relação ao desenvolvimento da NL, este irá ser desencadeado em virtude do depósito de imunocomplexos circulantes, responsável pela ativação da cascata do complemento, o implicando em uma lesão mediada por esse sistema, infiltração dos leucócitos, ativação dos fatores pró-coagulantes e, por fim, liberação de várias citocinas, resultando no comprometimento renal, mais precisamente, dos vasos responsáveis pela filtração nesse órgão. A NL é classificada, de acordo com a gravidade das lesões, em seis classes, sendo as duas primeiras caracterizadas por danos leves e sintomatologia branda. A partir da terceira fase, as lesões começam a ficar cada vez mais graves, atingindo áreas ainda maiores dos glomérulos. Dentre os principais sinais clínicos desta disfunção, estão: proteinúria, hipertensão e Insuficiência Renal. Conclusão: Em relação à NL, essa condição está entre as principais causas de morbidade, bem como, mortalidade em pacientes diagnosticados com LES, já que, cerca de 20% dos indivíduos acometidos, evoluirão para doença terminal, exigindo terapêutica baseada em diálise e, em casos mais extremos, transplantes.
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