DESENVOLVIMENTO DE COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS DECORRENTES DE HANSENÍASE
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1461Palavras-chave:
DOENÇA DE HANSEN, M. LEPRAE, NEURITEResumo
Introdução: A Hanseníase é uma patologia infecciosa crônica e não fatal, causada pela bactéria álcool-ácido resistente Mycobacterium Leprae, causa mais comum da neuropatia periférica. As manifestações clínicas mais recorrentes dessa enfermidade restringem-se, basicamente, à pele, ao Sistema Nervoso Periférico e ao trato respiratório superior. Em decorrência do seu impacto inflamatório no nervo periférico (neurite), há uma importante contribuição na disfunção sensorial e motora. Objetivos: Investigar, mediante uma revisão bibliográfica, o surgimento de manifestações clínicas neurológicas em pacientes afetados pela Hanseníase, por lesão no tronco dos nervos periféricos. Material e Métodos: Por intervenção de pesquisas bibliográficas disponíveis na literatura, selecionou-se artigos publicados entre fevereiro de 2011 e maio de 2016, manipulando as bases de dados WEB OF SCIENCE, PUBMED e SCIELO, manuseando os descritores “Hanseníase”, “Neuropatia”, “Complicações neurológicas” e “Doença de Hansen”, em português e inglês, empregando critérios de exclusão, como período de publicação e incompatibilidade de conteúdo, além de parâmetros de inclusão, previamente definidos; selecionando os artigos a serem utilizados. Resultados: A doença de Hansen se desenvolve a partir da infecção pela bactéria M. Leprae, que tem como principal porta de entrada as Vias Aéreas Superiores (VAS), causando manifestações clínicas inflamatórias nos nervos periféricos (ocasionadas pela forma tuberculóide da Hanseníase). A neurite, processo inflamatório do nervo, pode ser crônica ou aguda (hipersensibilidade) e é desencadeada pela bactéria já mencionada. Essa inflamação é decorrente da invasão bacilar, formando edemas importantes, bem como abscesso neural, resultando em uma degeneração e morte nervosa. Ocorre, inicialmente, uma constrição neural, categorizada como intrínseca ou extrínseca, desenvolvendo três estágios, a saber: I (irritativo), com manifestações clínicas de dor, hiperestesia e parestesia; II (compressivo), apresentando, principalmente, parestesia e hipoestesia; e o III (deficitário), caracterizado por anestesia, atrofia e paralisia. Conclusão: As complicações neurológicas decorrentes da Hanseníase são resultantes do comprometimento dos nervos periféricos, que causam manifestações sensitivas e motoras. À luz dessas considerações, o histórico e estigma social podem ser combatidos por meio de diagnóstico precoce e tratamento adequado, podendo ser facilitados, dentre outras coisas, pela Educação Popular em Saúde.
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