AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO DE BIOFILME POR ISOLADOS AMBIENTAIS DE STHAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDES
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1185Palavras-chave:
BIOFILME, INFECÇÃO, STHAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDESResumo
Introdução: As infecções relacionadas ao ambiente hospitalar são uma das principais causas de morbimortalidade, sendo Sthaphylococcus epidermides uma das espécies mais frequentes. Este patógeno oportunista acomete principalmente pacientes, em uso de dispositivos invasivos e com o sistema imunológico imaturo, como exemplo os neonatos, sendo capaz de expressar fatores de virulência que contribuem para o aumento da sua patogenicidade, com destaque para a produção de biofilme, que dificulta a ação de diversas classes de antimicrobianos. Objetivos: Avaliar a produção de biofilme por isolados de Sthaphylococcus epidermides provenientes do ambiente da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital universitário. Material e Métodos: Foram avaliados 76 isolados, sendo: 16 do ar, 14 de superfícies de mesas, 19 de incubadoras, sete de monitores de respiradores, cinco obtidos dos dispenser de papel, quatro de bomba de infusão, quatro das maçanetas das portas da unidade, dois dos botões de sinais vitais, dois das bancadas de medicação, dois dos interruptores e um da gaveta de armário. A indução da formação de biofilme foi feita em placas de 96 poços com fundo chato, confeccionadas em poliestireno, e quantificado através de dois métodos colorimétricos: cristal violeta (para quantificar biomassa) e Safranina (para quantificação da matriz extracelular). Além disso, foi avaliada a viabilidade celular do biofilme formado através da contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) após semeadura em placas de ágar Triptona de Soja. Resultados: todos os isolados foram considerados produtores de biofilme, sendo 72 (94,7%) classificados como fortes produtores, considerando a biomassa. Quando avaliado a matriz extracelular, 64 (84,2%) dos isolados foram considerados forte produtores de biofilme. A viabilidade celular média dos biofilmes formados foi de 6,7 x 10^9 CFU/mL. Conclusão: As análises realizadas neste estudo mostraram que a maioria dos isolados ambientais são capazes de formar biofilme. Logo, torna-se necessária a aplicação de métodos eficazes para desinfecção do ambiente hospitalar e das mãos dos profissionais de saúde, para evitar a colonização e subsequente formação de biofilmes em superfícies e dispositivos médicos por esses patógenos, impedindo tanto a sua permanência quanto a disseminação em ambiente hospitalar.
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