FORMAÇÃO DE BIOFILME EM AMOSTRAS CLÍNICAS DE BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS

Autores

  • Priscila Guerino Vilela Alves
  • Nagela Bernadelli Sousa Silva
  • Ralciane De Paula Menezes
  • Mário Paulo Amante Penatti
  • Denise Von Dolinger De Brito Röder

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/1184

Palavras-chave:

BIOFILME, BIOMASSA, MATRIX EXTRACELULAR, UNIDADES FORMADORAS DE COLÔNIA, GRAM NEGATIVO

Resumo

Introdução: A capacidade de formar biofilmes através da produção da matriz exopolissacarídica, que os torna totalmente protegida do meio externo, é um dos mecanismos usados ​​pelas bactérias para resistir a ação de antimicrobianos. Nesse estado, as bactérias podem ser até mil vezes mais resistentes do que aquelas no estado planctônico. O aumento de infecções desencadeadas por micro-organismos resistentes é um problema de saúde pública mundial. Objetivo: Assim, este estudo investigou a formação de biofilme em isolados clínicos de bactérias Gram Negativas, utilizando dois métodos de detecção colorimétrica e contagem de Unidades Formadoras de Colônia (UFC). Material e Métodos: Foram estudados oitos isolados clínicos obtidos de neonatos admitidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, sendo quatro (50%) Enterobacter cloacae, duas (25%) Serratia marcescens, uma (12,5%) Pseudomonas aeruginosa e uma (12,5%) Pseudomonas putida. A avaliação da formação de biofilme foi realizada em placas de fundo chato e quantificado através de dois métodos: cristal violeta para avaliar a biomassa, e safranina para avaliar a matriz extracelular. Além disso, a viabilidade celular do biofilme foi determinada através da contagem das UFC. Resultados: Todos os isolados foram forte produtores de biomassa e de matrix extracelular, com destaque para S. marcescens (DO 2,73; 2;45 respectivamente), P. putida (DO 2,30; 1,68) e E. cloacae (DO: 1,88; 1,90). Já a viabilidade celular do biofilme variou entre as espécies de 1,1, x 108 a 2,3 x 109.  E. cloacae apresentou uma média de 9,8x108 UFC/ mL, seguida de S. marcescens 1 x 1010 UFC/ mL, P. aeruginosa 2,2x109 UFC/ mL e P. putida, com 6,8x108 UFC/ mL. Conclusão: Os resultados deste estudo demonstraram uma capacidade de todos os isolados clínicos em formar biofilme, forte produção de biomassa e matriz extracelular com destaque para as espécies S. marcescens, P. putida e E. cloacae, o que revela um dado importante uma vez que essas amostras clínicas podem apresentar maior resistência aos antibióticos e dificultar o tratamento de infecções, podendo levar o neonato a morte.

Publicado

2021-06-11

Como Citar

Alves, P. G. V. ., Silva, N. B. S. ., Menezes, R. D. P. ., Penatti, M. P. A. ., & Röder, D. V. D. D. B. (2021). FORMAÇÃO DE BIOFILME EM AMOSTRAS CLÍNICAS DE BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 27. https://doi.org/10.51161/rems/1184

Edição

Seção

Anais do I Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-Line

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