PERFIL MOLECULAR DE CANDIDA PARAPSILOSIS ISOLADAS DO AMBIENTE DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1183Palavras-chave:
AMBIENTE, CANDIDA PARAPSILOSIS, RAPD-PCR, RECÉM-NASCIDO, UTINResumo
Introdução: Candida spp. é o principal patógeno oportunista do reino Fungi que acomete indivíduos internados em serviços de saúde, sendo Candida parapsilosis a segunda espécie mais comum em amostras clínicas de recém-nascidos. Infecções desencadeadas pelo gênero Candida colocam em risco a saúde e desenvolvimento de neonatos críticos em função de sua maior susceptibilidade. Existem poucos relatos na literatura que avaliam a semelhança genética entre os isolados provenientes do ambiente hospitalar. Objetivo: Analisar o perfil molecular de isolados de C. parapsilosis provenientes do ambiente da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital universitário. Material e métodos: Foram incluídos no estudo isolados do complexo C. parapsilosis provenientes do ambiente da unidade. Através da técnica Random Amplification of Polymorphic DNA (RAPD-PCR) e utilizando quatro primers (OPA09, OPB11, OPA18 e OPG17) buscou-se avaliar a similaridade genética entre esses isolados. Para análise do RAPD-PCR, os produtos de amplificação do DNA foram submetidos à eletroforese em gel de agarose (2%). As bandas de amplificação observadas nos géis foram transformadas em matrizes de valores binários utilizando o programa estatístico Mult-Variate Statistical Package versão 3.21. As relações genéticas foram calculadas através do coeficiente de Jaccard (Sj), onde valores de Sj igual a 1,00 indicam o mesmo genótipo, valores entre 0,80 a 0,99 representam alta similaridade e valores inferior a 0,80 sugerem amostras distintas. Resultados: Dos cinco isolados analisados, quatro (80%) apresentaram alta similaridade entre si (Sj > 0,90) sendo que três desses (60%) apresentaram o mesmo genótipo (Sj = 1,00), os quais foram obtidos de diferentes leitos (2), da mesa de medicação e gaveta de armário, com um intervalo de 97 dias entre as coletas. Conclusão: O estudo sugere que o ambiente nosocomial pode ser um importante reservatório de C. parapsilosis, favorecendo sua permanência e disseminação pela unidade. Assim faz-se necessário reforçar a limpeza do ambiente hospitalar e estabelecer medidas de controle e prevenção a fim de evitar disseminação e consequentemente infecções invasivas.
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