UMA REVISÃO DA LITERATURA ACERCA DAS ALTERAÇÕES DA MICROBIOTA VAGINAL NO PERÍODO GESTACIONAL E PARTO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1181Palavras-chave:
FLORA, MICROORGANISMOS, VAGINOSE BACTERIANAResumo
Introdução: Durante o período gestacional ocorrem diversas modificações fisiológicas no organismo feminino, e tais modificações são responsáveis por promover alterações no potencial hidrogeniônico (pH) vaginal e no equilíbrio da microbiota local. Nessa fase, as células epiteliais ricas em glicogênio estão abundantes, e como consequência disso vai favorecer a produção de ácido lático pelos lactobacilos, reduzindo ainda mais o pH vaginal. Objetivos: Evidenciar as alterações que ocorrem na microbiota vaginal no decorrer da gestação, e de que forma tais alterações irão influenciar na gravidez e parto. Material e Métodos: O presente estudo consta de uma revisão da literatura, realizada mediante a análise de artigos científicos publicados nas línguas inglesa e portuguesa, entre os anos de 2018 e 2019, por meio de pesquisa nos bancos de dados: Biblioteca Virtual em Saúde. Utilizando-se os Descritores em Ciência da Saúde: Flora; Microorganismos e Vaginose bacteriana, de forma associada com o operador booleano “AND”. Resultados: Observou-se que o pH garante o equilíbrio da flora vaginal, visto que nela há microrganismos residentes que lá vivem de forma comensal, tais como Gardnerella vaginalis, Megasphaera phylotype, espécies de Moliluncus, Bacteroides, Prevotela, Atopobium, e micoplasmas. Durante a gestação, a mulher passa por várias modificações fisiológicas e hormonais que podem vir a alterar, direta ou indiretamente, o pH vaginal e consequentemente proporcionar um bom ambiente para a proliferação desses microrganismos. Como consequência, temos a instalação da vaginose bacteriana, que é uma das infecções do trato genital feminino mais comuns, que atinge, principalmente, as mulheres no período gestacional. Esta pode causar desde uma simples infecção até um parto prematuro ou aborto, a depender da gravidade, diagnóstico e tratamento precoce. Conclusão: É possível constatar que a alteração da flora vaginal da gestante se apresenta de forma muito variada, o que pode dificultar a detecção da vaginose bacteriana. Os estudos comprovaram que gestantes podem apresentar flora vaginal alterada, mesmo sem apresentar sintomatologia. Devido às consequências danosas para a gestante e para o feto, é importante estabelecer rotinas que permitam diagnosticar, esclarecer e intervir nas alterações de flora vaginal no período gestacional.
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