INFLUÊNCIA DA IMUNIDADE SOBRE A CAVIDADE ORAL: REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1020Palavras-chave:
DOENÇAS AUTOIMUNES, IMUNIDADE, MICROBIOTA ORALResumo
Introdução: As doenças autoimunes são problemas causados pela reação do sistema imunológico em relação aos tecidos e órgãos do próprio corpo. A microbiota oral é composta por uma grande variedade de microrganismos que frequentemente podem servir como agentes benéficos, prevenindo a colonização da cavidade oral por agentes patogênicos. No entanto, uma desarmonia sistêmica em relação a fatores imunológicos pode causar prejuízos que repercutem na cavidade oral. Objetivos: Reforçar o cirurgião-dentista a diagnosticar patologias orais advindas de desordens imunológicas, bem como, discutir os cuidados que podem ser tomados no tratamento odontológico de pacientes que apresentem manifestações orais. Material e Método: Foi realizada uma revisão de literatura, com busca por artigos publicados no SciELO, PubMed e Google Acadêmico entre 2017 e 2021. Os artigos foram selecionados através do cruzamento de descritores, seguido pela leitura dos títulos e resumos. Foram utilizados durante a busca os termos ‘’Doenças autoimunes’’, ‘’Imunidade’’ e “Microbiota oral” combinados entre si. Resultados: Pessoas com doenças imunológicas estão em risco de adquirir problemas de saúde bucal. Dentre elas pode-se destacar síndrome de Sjögren, doença de Crohn, lúpus eritematoso sistêmico ou cutâneo e doença de Addison. Suas intercorrências possuem achados que podem ser identificados na cavidade oral como boca seca, síndrome de queimação bucal, língua rígida, crescimento excessivo da gengiva e maior risco de cárie e doença periodontal. A prevalência é maior em mulheres de meia idade por também possuir relação com fatores hormonais, podendo ter início em qualquer idade. Homens também podem ser afetados, porém com menor intensidade. Considerações finais: As lesões orais podem ser o primeiro ou mesmo o único sinal das doenças imunológicas. O cirurgião-dentista possui papel decisivo no diagnóstico e acompanhamento destes pacientes. Assim, cabe uma anamnese e exame clínico minuciosamente detalhado. O profissional pode permitir a detecção das mesmas em estágios precoces e, consequentemente, providenciar uma adequada terapêutica minimizando assim o risco de envolvimento de outros órgãos, levando a um melhor prognóstico e qualidade de vida dos pacientes.
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