ATIVIDADE ALELOPÁTICA DOS EXTRATOS DE Acmella brachyglossa Cass

Autores

  • Luana da Conceição Moreira Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
  • Brenda Tayná Sousa Silva
  • Cleonice Teixeira Souza
  • Thiago Bernardi Vieira
  • Magali Gonçalves Garcia

Resumo

Introdução: Acmella brachyglossa Cass., é uma espécie vegetal popularmente conhecida como jambu, utilizada para fins alimentícios na culinária paraense. Entretanto, pouco se conhece a sua capacidade de interferir tanto de forma positiva quanto negativa no desenvolvimento de outras plantas, através da liberação de metabólitos secundários (aleloquímicos ou fitoquímicos). Estudos alelopáticos auxiliam na descoberta de fitoquímicos com potencial herbicida ou fertilizante. Objetivo: Avaliar o potencial alelopático dos extratos etanólicos de folhas e flores de jambu sobre a germinação e o crescimento de alface (Lactuca sativa L.). Material e métodos: Os bioensaios foram realizados em triplicatas para ambos os extratos (folhas e flores), cada um deles foi constituído por 4 tratamentos, controle (álcool etílico) e três concentrações (20mg/mL, 60mg/mL e 100mg/mL). Em cada tratamento foram utilizadas 4 placas de petri contendo papel filtro onde foram inoculadas 25 sementes. Para avaliação da porcentagem e índice de velocidade de germinação (IVG) foi utilizada PERMANOVA e para os parâmetros de comprimento do hipocótilo e da radícula foi utilizada a ANOVA. Resultados: O extrato etanólico das flores de jambu reduziu o IVG em todas as concentrações (20, 60 e 100mg/mL) de forma significativa (p<0.002), porém não reduziu o número total de sementes germinadas quando comparadas com o controle. O extrato das folhas inibiu o crescimento do hipocótilo nas concentrações de 60 e 100 mg/mL além de reduzir significativamente (p≤0,05) o crescimento da radícula em todas as concentrações 20 mg/mL (16,1 mm) 60 mg/mL (14,4 mm) e 100 mg/mL (12,4 mm) quando comparado ao controle (23,5 mm). Quanto ao extrato etanólico das flores, apenas a concentração de 60 mg/mL (2,8 mm) reduziu o comprimento do hipocótilo quando comparada com o controle (3,7 mm), porém todas as concentrações divergiram do controle (21,4 mm) reduzindo significativamente (p≤0,05) o crescimento da radícula. Conclusão: Os extratos de A. brachyglossa apresentaram fitotoxicidade, sendo relevante a realização de estudos que viabilizem a compreensão deste mecanismo em campo bem como o fracionamento e a identificação dos metabólitos secundários ativos.

Downloads

Publicado

2020-09-01

Como Citar

Moreira, L. da C. ., Sousa Silva, B. T., Teixeira Souza, C. ., Bernardi Vieira, T. ., & Gonçalves Garcia, M. . (2020). ATIVIDADE ALELOPÁTICA DOS EXTRATOS DE Acmella brachyglossa Cass. Revista Multidisciplinar De Educação E Meio Ambiente, 1(1), 37. Recuperado de https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/58