APLICAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO NO ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE Ilex paraguariensis
Resumo
Introdução: Espécie de grande importância no Sul do Brasil, a erva-mate (Ilex paraguariensis) é ingerida tradicionalmente na forma de chás, chimarrão e tererê. Com a formação de ervais com produtividades abaixo do esperado e alta heterogeneidade, em parte, consequência da origem inadequada das sementes. Neste sentido, a seleção de indivíduos para a propagação vegetativa da espécie é uma estratégia mais efetiva e conduz a maiores ganhos do que na propagação sexuada. A utilização da miniestaquia, por sua vez, como método de propagação vegetativa, representa uma alternativa que visa contornar problemas advindos da propagação via seminal. Além disso, o uso do AIB (ácido indolbutírico) vem apresentando resultados positivos no enraizamento de plantas de várias espécies, contribuindo para aprimorar as técnicas de propagação vegetativa e qualidade final das mudas. Os resultados da sua utilização são influenciados principalmente pelas concentrações aplicadas e materiais genéticos. Objetivo: Logo, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de AIB na multiplicação por miniestaquia de três diferentes clones de erva-mate. Material e métodos: O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (3x3). Os fatores consistiram em três concentrações do regulador vegetal (0, 1500 e 3000 mg L-1) e 3 clones de erva-mate (Ivaí 10, Ivaí 18 e Ivaí 25). Cada tratamento foi composto de 4 repetições com 18 miniestacas por unidade experimental. Após 60 dias foram avaliadas as variáveis porcentagem de miniestacas enraizadas, número de raízes por miniestaca, comprimento médio das três maiores raízes por miniestaca, porcentagem de miniestacas com calos, porcentagem de miniestacas mortas e manutenção de folhas originais nas miniestacas. Resultados: Os resultados revelaram aptidão ao enraizamento adventício distintos entre os três clones avaliados. O uso de AIB mostrou ser genótipo dependente, sendo mais efetivo para o clone Ivaí 25, no qual o mesmo apresentou valores de 83,33% de enraizamento adventício para a maior concentração de AIB utilizada. Por outro lado, o maior percentual de enraizamento obtido para o clone Ivaí 18, 72,22%, foi alcançado na concentração de 0 mg L-1. Conclusão: Portanto o uso do AIB mostrou ser eficiente no presente trabalho, proporcionando a seleção de clones superiores.
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