ETNOZOOLOGIA E USO DE VESTÍGIOS PARA INVENTÁRIO E CONSERVAÇÃO DE MAMÍFEROS EM BORDAS DE FRAGMENTOS NO SUL DE MINAS GERAIS
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/3439Palavras-chave:
Conservação, Etnozoológico, MamíferosResumo
Introdução: O Brasil possui a maior biodiversidade de mamíferos do mun-do, sendo 734 espécies atualmente descritas, representando cerca de 13% da fauna de mamíferos do planeta. O avanço das atividades humanas, tem afetado diretamente esta fauna, devido a caça descontrolada, diminuição de habitat e introdução de animais exóticos, que causam grande impacto para essa fauna de animais silvestres. Decorrente a isso, as atividades conserva-cionistas para estes fins vem sendo cada vez mais colocadas em pauta. Diante disso, o estudo etnozoológico vem se destacando, pelo fato de apresentar-se como o estudo da ciência zoológica, elaborada através de saberes e crenças da forma que o homem percebe, classifica e utiliza os animais, assim atualizando-se destes conhecimentos, para elaborar estratégias de conservação envolvendo a interação dos humanos com os animais silvestres. Material e métodos: Os dados etnozoológicos foram obtidos mediante a visitas, de outubro a dezembro do ano de 2020. Resultados e Discussão: Em 12 meses de coleta de campo, foram registradas 19 espécies de mamíferos silvestres, pertencentes a 18 gêneros, 12 famílias e sete ordens. A ordem Carnívora foi a mais abundante, com sete espécies, seguida de Rodentia, Lagomorpha e Cin-gulata com dois táxons por ordem, o restante, Artiodactyla, Didelphimorphia e Primates com um táxon por ordem. Os produtores rurais, citaram todas as espécies registradas em campo, acrescentando, seis espécies a ordem Carní-vora, duas a Rodentia, Artiodactyla, e Didelphimorphia, e, uma, a Primates e Pilosa. Conclusão: Os aspectos etnozoológicos abordados neste trabalho, foram de suma importância para adquirir informações presentes e históricas da riqueza de mamíferos do local. Quando se observa um acréscimo no nú-mero de espécies pré-existentes, fica evidente, a eficácia do uso do estudo etnozoológico para inventários faunísticos, que, embora se faça necessário, uma maior investigação dos dados obtidos junto a população, são extrema-mente necessários para elaborar estratégias conservacionistas para o local.
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