Introdução: A esquistossomose é uma doença parasitária transmitida pelo Schistosoma mansoni, cujos hospedeiros intermediários são os caramujos da espécie Biomphalaria. Essa é uma patologia de grande frequência no Brasil, sobretudo no estado de Pernambuco que concentra o maior número de casos. Objetivo: Elencar fatores que levam à consolidação do referido estado como local de destaque nacional na manifestação dessa parasitose. Material e métodos: Pesquisa nas bases de dados MEDLINE, PUBMED e SciELO de artigos científicos que abordam a manutenção da prevalência de esquistossomose em Pernambuco. Resultados: Apesar da implementação das medidas de contenção por meio do Programa de Controle da Esquistossomose (PCE) e do Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas (SANAR), os casos de esquistossomose permanecem significativos. A falta de aplicação de maiores recursos aos programas gera subnotificação de casos e um mapeamento inadequado, o que contribui para um levantamento epidemiológico impreciso e, assim, condiciona uma abordagem de enfrentamento aquém da necessária. Além disso, outro empecilho que favorece o quadro atual é a falta de saneamento básico que acomete, sobretudo, pessoas financeiramente mais vulneráveis. Dessa forma, para iniciar o ciclo do parasita e a patologia no indivíduo, é necessário o contato com água contaminada contendo larvas cercárias do S. mansoni. Ainda, cabe ressaltar que a cobertura de tratamento ineficiente favorece a manutenção da transmissão da patologia, aumento do número de casos e evolução para as formas graves. Conclusão: Pernambuco permanece como destaque de casos de esquistossomose devido à falta de maiores investimentos econômicos nos programas de combate à doença, saneamento básico e maior amplitude de tratamento e suas repercussões na população.
Publicado
2021-03-01
Como Citar
Filho, R. de B. C., Braga, M. F., & Filho, J. L. S. A. (2021). MANUTENÇÃO DA PREVALÊNCIA DE ESQUISTOSSOMOSE EM PERNAMBUCO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 36. https://doi.org/10.51161/rems/715