A RELAÇÃO ENTRE O TABAGISMO E A HOSPITALIZAÇÃO POR COVID19: REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: O tabagismo tem uma evolução crônica e mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Portanto, o ato de fumar gera extenso comprometimento à saúde do indivíduo, tornando-o mais susceptível à infecção. O cigarro possui mais de 4.800 substâncias tóxicas que provocam inúmeras morbidades. Assim, a dependência química expõe o tabagista às mais diversas vulnerabilidades, gerando agravos que evoluem para doenças crônicas, como câncer, doenças cardiovasculares e pulmonares. Logo, é claramente perceptível que o tabagismo constitui um fator de risco frente ao cenário pandêmico da Covid-19, uma doença que apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves, principalmente pulmonares. Objetivo: Identificar a relação do tabagismo com a hospitalização e a gravidade da infecção pela Covid-19, através das publicações com o escopo deste estudo. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, descritiva e de abordagem qualitativa, realizada no segundo semestre de 2020, nos bancos de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e na PubMed, através dos seguintes descritores (DeCS/MEsH): fumar (smoking), fatores de risco (risk factors) e coronavírus foram encontrados 120 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão foram selecionados 17 artigos para a revisão integrativa. Resultados: O tabagismo predispõe diversas doenças, ocasiona alterações no mecanismo de defesa, além de gerar maiores riscos de infecção durante o ato de fumar, contribuindo para o aumento da hospitalização e o agravamento da Covid-19. Além disso, ser fumante também pode aumentar o risco para morte pela infecção pelo Sars-Cov-2. Conclusão: Diante disso, entende-se que mais estratégias precisam ser adotadas para a cessação do tabagismo visando aumentar a qualidade e perspectiva de vida dos fumantes.