OS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL EM TEMPOS DE COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Resumo

Introdução: O primeiro caso reportado de infecção pelo novo COVID-19 foi no início de dezembro de 2019, na China. Desde lá, o cotidiano das pessoas de todo o mundo foi drasticamente afetado visto o alto poder de disseminação desta doença, tornando-a a maior emergência de saúde pública enfrentada pelos governos ao redor do mundo. Com o isolamento social decretado e o fim do contato interpessoal, a depressão, a qual já é citada por muitos como o mal do século, assim como o estresse e a ansiedade, acabaram por atingir diversas pessoas, principalmente estudantes e profissionais de saúde que atuam na linha de frente ao combate do COVID-19. Objetivos: O presente artigo tem como objetivo analisar como o período pandêmico afetou, em relação aos períodos normais, a saúde mental dos estudantes universitários e profissionais de saúde envolvidos no combate ao coronavírus e as intervenções psicológicas diante à pandemia. Metodologia: Constitui-se de uma revisão de literatura do tipo descritivo-exploratório utilizando artigos na base de dados Scielo. Resultados e Discussão: Observou-se um impacto negativo na saúde psicológica dos estudantes e profissionais de saúde no período pandêmico, tais quais ansiedade, depressão e estresse. O percentual de depressão em mulheres estudantes aumentou em 273,7% contra 261,3% em homens. A taxa de mulheres com ansiedade aumentou em 274,9%, enquanto em homens foi mais significativo, aumentando 335%. Por fim, o índice de estresse aumentou 132,4% em mulheres contra 164% em homens. Já em uma pesquisa em um hospital chinês com médicos atuantes na linha de frente, de um total de 1.563 entrevistados, 73,4% apresentaram sintomas de estresse, 50,7% sinais de depressão e 44,7% de ansiedade. Conclusão: Frente ao exposto, é de suma importância a ação de medidas governamentais que visem diminuir tais efeitos, a exemplo da disponibilização de acompanhamento psicológico realizados por meios de tecnologia da informação e da comunicação, considerando as particularidades dos grupos populacionais em estudo.