POLIFARMÁCIA NO PACIENTE IDOSO E SEUS RISCOS

Resumo

Introdução: Pacientes idosos geralmente apresentam diversas comorbidades ao mesmo tempo o que leva a uso de diversos medicamentos simultâneos, gerando risco de interação medicamentosa e maior risco de eventos adversos causando iatrogenia. Polifarmácia é definida como o uso de quatro ou mais medicamentos simultâneos por um paciente com ou sem prescrição médica. Existem fármacos que se usados em idosos os riscos de provocar efeitos colaterais são superior aos benefícios, são os chamados medicamentos potencialmente inapropriados para idosos. Em uma consulta ambulatorial devemos sempre nos atentar a lista de medicamentos inapropriados ou potencialmente inapropriados para idosos, entre elas temos a lista de PRISCUS e os critérios de Beers-Fick. Objetivo: essa revisão de literatura tem como objetivo alertar os riscos da polifarmácia no paciente idoso chamando também atenção para a lista de medicações potencialmente inapropriados para idosos. Materiais e métodos: Para a realização desta revisão bibliográfica foi feito uma pesquisa de artigos científicos nos idiomas inglês e português dos últimos 20 anos nas bases de dados Scielo e Pubmed além de consultas a livros acadêmicos. Resultados: entre as medicações da lista PRISCUS temos alguns anti-inflamatórios não esteroidais (cetoprofeno, piroxicam, dentre outros), antibióticos como nitrofurantoina, anti-histamínicos (hidroxizina, clorfeniramina, dentro outros), ergotaminas, benzodiazepínicos, tricíclicos, dentre outras classes e medicamentos. Conforme o aumento da idade, ocorrem mudanças no organismo que favorecem o aumento dos eventos adversos medicamentosos devido alteração da farmacocinética, entre essas alterações nos idosos temos o aumento do tecido adiposo, diminuição da massa e da água corpórea, diminuição do fluxo sanguíneo hepático e do metabolismo hepático, da função renal, dentre outras modificações. Para prevenção da iatrogenia medicamentosa temos que ter o diagnóstico correto, verificar o estado nutricional do idoso, função renal e hepática, verificar se haverá interações medicamentosas, avaliar se o benefício é maior que o risco antes de entrar com alguma medicação para assim evitar cascata iatrogênica que é o ato de prescrever um fármaco para diminuir reação adversa de outro. conclusão: o paciente idoso é mais propenso ao maleficio das medicações, sendo que para prevenção  de iatrogenia medicamentosa é essencial o conhecimento da farmacologia e da fisiologia no paciente idoso.