MAPEAMENTO DE COMPETÊNCIAS DE PROFISSIONAIS DA APS NO CUIDADO À MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA.
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2860Palavras-chave:
APS, COMPETÊNCIA PROFISSIONAL, MULHERES, VIOLÊNCIAResumo
Introdução: A APS já bem estabelecida no Sistema Único de Saúde (SUS) como local de acesso de primeiro contato, pode ser considerada como cenário oportuno para o enfrentamento da violência contra mulher. No entanto, observa-se que o tema ainda é pouco explorado na formação em Saúde, o que resulta na falta de sensibilização e capacitação técnica para o atendimento das violências, principalmente, a sexual. Objetivo: O presente estudo objetivou mapear as competências de profissionais da APS que favorecem o cuidado a mulheres em situação de violência. Material e métodos: Foi realizada busca nas bases de dados Scielo, Lilacs e BVS, considerando estudos empíricos publicados entre 2021 e 2016. Resultados: A análise resultou em cinco categorias temáticas: conhecimento da legislação específica, interpretação da violência como um problema de saúde pública, cuidado humanizado e emancipatório às vítimas, dinamismo para atuar em equipe multiprofissional e conhecimento da rede de apoio. A literatura sugere não incentivar a mulher a abandonar o lar, se não houver meios de oferecer à vítima condições mínimas de segurança, de modo que, antes de tudo, é indispensável instrumentalizá-las para que sejam capazes de tomar suas próprias decisões. Corroborando, estudos qualitativos realizados com trabalhadoras(es) atuantes em ESF’s revelam que os profissionais podem buscar alternativas que ultrapassem o encaminhamento para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), como a inserção da mulher em grupos educativos, e o mapeamento de uma rede social de apoio que possa ser acionada. Além disso, no âmbito da APS, destaca-se a importância da atuação multiprofissional frente aos casos de violência conjugal, haja vista que o trabalho conjunto amplia as possibilidades terapêuticas de cuidado, além de favorecer a proteção social às vítimas. Conclusão: Frente ao exposto, reitera-se a necessidade da utilização de estratégias nos processos de educação permanente em saúde, para o desenvolvimento de competências vinculadas ao processo de compreensão dos fatores que irão impactar na saída dessas mulheres do ciclo de violência, tendo-se em vista a formação de profissionais capacitados para assistência integral a esse público.
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