JARDINS FILTRANTES: UMA ALTERNATIVA PAISAGÍSTICA PARA TRATAMENTO DE ESGOTO
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/2085Palavras-chave:
ÁGUAS RESIDUÁRIAS, ESGOTO, FITORREMEDIAÇÃOResumo
Introdução: A precariedade nos serviços de saneamento básico é fato na maioria dos municípios brasileiros, especialmente no que tange ao esgotamento sanitário, seja pelo baixo alcance populacional, escassez de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), fossas inadequadas e coleta insuficiente de resíduos. Essas condições afetam negativamente a qualidade do solo e das águas, e consequentemente a saúde humana, devido ao favorecimento de doenças, por isso a importância de tratar esses efluentes. Objetivos: Esta pesquisa objetivou explanar acerca da aplicabilidade e benefícios do tratamento de esgoto por jardins filtrantes. Material e Métodos: O método adotado foi o dedutivo, com abordagem qualitativa e caráter exploratório, em que ocorreu levantamento bibliográfico de 2018 a 2020. Resultados: Uma alternativa para o tratamento de esgoto, doméstico e industrial, dependendo da composição do efluente, é o uso dos jardins filtrantes, visto que o processo de fitorremediação pode auxiliar na extração de diversos elementos, conforme a espécie selecionada, sendo uma técnica utilizada até em recuperação de rios degradados, pois acontece alteração físico-química e microbiológica na água. Além do benefício citado, esses sistemas artificiais de zonas úmidas com macrófitas aquáticas possuem baixo custo, operação e manutenção simples, e um belo cenário paisagístico. Outro ponto sobre a viabilidade é a possibilidade de implantar um sistema para uma ou mais famílias, porém necessita de um espaço relativo (2 m2/morador). Sobre as espécies, o aguapé (Eichhornia crassipes) pode remover alta percentagem de cor e turbidez, a taboa (Typha domingensis) possui capacidade de diminuir a quantidade de nitrogênio e fósforo, e o feijão-de-porco (Canavalia ensiformes L.) é acumulador de chumbo, ou seja, há muitas oportunidades de depuração do efluente desejado. Conclusão: Diante disso, o sistema de jardins filtrantes é passível de grande aplicabilidade no Brasil, sendo uma opção acessível e sustentável, já que permite a reutilização hídrica, mas requer manutenção contínua, mediante a propagação vegetal, e é indispensável haver uma análise do clima e da região, para melhor adaptar as espécies, as quais devem preferencialmente ter crescimento acelerado.
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