SÉRIE HISTÓRICA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS E EVOLUÇÃO DE VEÍCULOS EMPREGADOS EM COMBATE, ESPÍRITO SANTO, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51189/rema/1587Palavras-chave:
CONTROLE DE INCÊNDIOS, GESTÃO FLORESTAL, SUSTENTABILIDADEResumo
Introdução: Devido à frequência e às inúmeras consequências dos incêndios florestais ao meio ambiente, a busca por meios economicamente viáveis de combate é desafiadora para órgãos públicos, principalmente em função da escassez da água. Objetivos: Descrever série histórica recente de incêndios florestais e apresentar evoluções implementadas em veículos operacionais para melhoria no combate. Material e métodos: A área de estudo corresponde a 16 municípios, no estado do Espírito Santo, região Sudeste do Brasil (19º23’28’’ a 19º41’12’’ de latitude Sul, e 40º4’20’’ a 41º11’3’’ de longitude Oeste de Greenwich, área total de 15.422 km²), jurisdição do 2° Batalhão de Bombeiros. Utilizaram-se dados de ocorrências reais atendidas entre 2015 e 2019. Por meio do software QGIS, para análise geográfica da área, elaboraram-se mapas temáticos (por gradação de cores) e hot spot (interpolação Kernel), afim de representar os locais mais impactados, que, em tese, poderiam ser priorizados em investimentos. Resultados: Com 2.364, os municípios de maior demanda foram Linhares (43,5%), Nova Venécia (22,4%) e Barra de São Francisco (12,4%). Já o período mais crítico se deu na primavera, entre os meses setembro e novembro (36,9%). Notou-se que os municípios Nova Venécia, Barra de São Francisco, Vilas Pavão e Valério encontram-se com áreas de adensamento próximas, possibilitando ações de auxílio mútuo. Em seguida, dois veículos operacionais são apresentados, evidenciando os avanços implementados para combate: Auto Bomba Tanque Salvamento (ABTS) e o Auto Urbano (AU) equipado com kit florestal (reservatório d’água, bomba e mangotinhos). Por critérios operacionais, devido ao seu peso inferior (25%) de 4 ton., maneabilidade de mangotinhos leves (5%), de 9 kg/100 m, maior alcance de combate padrão (100%), atingindo até 200 m, baixo consumo d’água (46%), de 52 l/min, e exigir menos operadores (33%), mínimo 1 pessoa, o kit florestal mostrou-se adaptado à atividade em múltiplos cenários (urbano ou rural), e também sustentável, comparado ao ABTS. Para este, exige-se, inclusive, maior tempo e cautela em deslocamentos. Todavia, em incêndios de grandes extensões todos são muito importantes para preservação do meio ambiente. Conclusão: Os resultados forneceram informações relevantes para estratégias viáveis e eficazes de gestão deste tipo de desastre, cada vez mais frequente.
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