TERAPIA MEDICAMENTOSA FRENTE À COVID-19

Autores

  • Ana Flávia Alvarenga Bitencourt
  • Rafael Christian de Matos
  • Nayara Yanne Cardoso Pereira

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/773

Palavras-chave:

COVID-19, Pandemia, Reação adversa, Sars-CoV-2, Tratamento

Resumo

Introdução: Objetivando reduzir a gravidade da pandemia ocasionada pelo Sars-CoV-2 e sua disseminação, diversos estudos científicos foram realizados buscando alternativas farmacológicas e manejos clínicos para a doença. Com intuito informativo, o Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (DECIT/MS), iniciou o projeto “Informe diário de evidências COVID-19”, que documentou um compilado de estudos sobre o tema à medida que eram publicados. Objetivo: Analisar a produção científica sobre a eficácia das terapias medicamentosas frente a COVID-19 relatada no programa do MS, bem como suas possíveis reações adversas medicamentosas (RAM’s). Material e métodos: Elencou-se os artigos de coorte e ensaios clínicos randomizados publicados de abril a junho de 2020 no informe do MS. Escolheu-se para análise artigos de coorte que apresentavam score mínimo de 10/11 ou 9/10 de acordo com a ferramenta JBI Critical Appraisal Checklist for Cohort Studies, e ensaios clínicos randomizados com risco de viés moderado a baixo ou baixo, segundo a ferramenta para avaliação de risco de viés de Cochrane. Resultados: Elencou-se 184 estudos de coorte e 69 ensaios clínicos randomizados, sendo que destes apenas 19 e 5 artigos, respectivamente, foram elegíveis para aprofundamento. A ação de medicamentos como hidroxicloroquina, antirretrovirais, antibióticos e estatinas foi estudada. No que tange o tratamento, a redução de risco de morte, ou a admissão hospitalar, os resultados dos artigos não chegaram a um consenso sobre a contribuição dos medicamentos descritos e ressaltaram que os resultados não eram suficientes para inclui-los ou aboli-los da terapêutica. RAMs diversas foram encontradas, como: distúrbios gastrointestinais, hepáticos e da pele. Ressalta-se ocorrência de alteração do intervalo QT de pacientes que utilizaram hidroxicloroquina e azitromicina. Conclusão: Não há eficácia confirmada de nenhum dos medicamentos listados e há ocorrência de reações adversas. A falta de consenso evidencia a necessidade de estudos mais aprofundados e com maior rigor metodológico.

Publicado

2021-03-10

Como Citar

Bitencourt, . A. F. A., Matos, R. C. de, & Pereira, N. Y. C. (2021). TERAPIA MEDICAMENTOSA FRENTE À COVID-19. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 7. https://doi.org/10.51161/rems/773

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas On-line