ASPECTOS DA DENSIDADE URINÁRIA EM DOENÇA FALCIFORME
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/638Palavras-chave:
Creatinina, Densidade Urinária, Doença FalciformeResumo
Introdução: A doença falciforme (DF) está associada a alterações estruturais glomerulares e tubulares renais e secreção inadequada de eritropoietina e renina. A anormalidade tubular determina hipostenúria. Os microinfartos na medular renal determinam poliúria, noctúria, enurese e susceptibilidade a desidratação. As lesões renais são mais frequentes na Anemia Falciforme (AF), tipo de DF mais grave. Objetivo: Verificar o nível de creatinina e densidade urinária em crianças com DF. Métodos: Estudo longitudinal tipo coorte numa população de 2.549.097 crianças que foram submetidas à triagem neonatal para DF pelo Programa Estadual de Triagem Neonatal do Estado de Minas Gerais (PETN-MG) entre 1998 a 2007. A seleção da população para o estudo definiu a população de 188.916 de recém natos da região de abrangência da Fundação HEMOMINAS de Juiz de Fora (JFO), foram elegíveis todas as 135 crianças diagnosticadas cm DF pela metodologia padronizada do PETN-MG. Foram excluídas 9 crianças que já haviam falecido quando o estudo foi iniciado e dez crianças com perda de follow-up. As variáveis analisadas foram o nível de creatinina, densidade urinária e tipo de DF. A análise estatística e os cruzamentos das variáveis foram realizados pelo programa SPSS® versão 14.0 com o teste do Qui-quadrado. Projeto aprovado pelo CEP Hemominas (número 245). Resultados: Quanto ao diagnóstico 56,9% das crianças eram portadoras de AF e 31,9% eram DF(SC). Não houve diferença entre os sexos, a idade média foi de 11 anos e 4 meses. O nível de creatinina foi inferior a 0,5 mg/dL e a densidade urinária foi abaixo de 1,010 em 62,7%. A presença de hipostenúria e a hipocreatinemia não foram significantes em relação ao tipo de DF (p < 0,086) neste estudo. Conclusão: Há necessidade da pesquisa de microalbuminúria e proteinúria para identificação precoce de lesão renal nessa população.
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