HIPERSENSIBILIDADE AO AZUL PATENTE EM SETORECTOMIA DE MAMA: UM RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1577Palavras-chave:
AZUL PATENTE, HIPERSENSIBILIDADE, SETORECTOMIA, MAMAResumo
Introdução: Durante os procedimentos para ressecção tumoral, é preconizado a identificação do linfonodo sentinela e respectiva biópsia, utiliza-se o corante azul patente ou o radiofármaco tecnésio, de forma isoladas ou em asssociação. No entanto, alguns pacientes apresentam reações de hipersensibilidade IgE, sendo que a incidência varia de 0,1 a 2%. Relato de Caso: K.R.S.G, 52 anos, diagnosticada com câncer de mama com presença de nódulo em mama direita, móvel, firme, irregular e indolor, medindo 2,6 cm, distando 1cm de CAP, em contato íntimo com a cápsula fibrosa do implante mamário. Nega alergias, comorbidades e fumo. Durante o ato operatório, o qual foi indicado para a paciente, setorectomia de mama direita, com biopsia de linfonodo sentinela, a paciente apresentou alergia ao Azul de Patente, com formação de placas em região axilar e braço direito e eritema em braço esquerdo. Foi tratada, satisfatoriamente, com infusão de corticoide durante o transoperatório. Evoluiu, sem intercorrências, na sala de recuperação pós‐anestésica. Discussão: Como relatado anteriormente, o azul patente tem apresentado reações de hipersensibilidade em pacientes durante a cirurgia. Os sinais mais precoces de reação alérgica são “rasch” cutâneo, hipotensão e, posteriormente, edema de vias aéreas. O tratamento varia de acordo com a gravidade do quadro alérgico, apresentado pelo paciente. Nos quadros leves de sensibilidade demanda o uso de corticosteroides e anti‐histamínicos. Já nos pacientes ditos mais críticos poderá ser necessário vasopressor e reposição volêmica com cristaloide. Os pacientes, independente do grau da hipersensibilidade, devem ser mantidos na sala de recuperação pós‐anestésica por breve momento, mesmo que hemodinamicamente estáveis. Conclusão: Para minimizar reações adversas na utilização do azul patete, observa-se que, apesar de registrar históricos de alergia do paciente, deve-se ficar atento para a ocorrência de reações de hipersensibilidade no ato cirúrgico, especialmente, pela existência dos campos.
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