DIMINUIÇÃO DOS IMPACTOS CAUSADOS POR TRATAMENTO ONCOLÓGICO: A IMPORTÂNCIA DA NEUROPSICOLOGIA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/1536Palavras-chave:
DISFUNÇÃO COGNITIVA, NEUROPSICOLOGIA, ONCOLOGIA, PSICOPATOLOGIAResumo
Introdução: A neuropsicologia estuda alterações psicológicas e cognitivas provocadas principalmente por lesões encefálicas. Tendo em vista o comprometimento encefálico causado por intervenções oncológicas, déficits cognitivos e alterações psicopatológicas são frequentes dentre pacientes, sendo depressão a mais comum. Outrossim, disfunções cognitivas são notadas em todas as etapas do adoecimento, inclusive após o fim do tratamento. Objetivo: Formular síntese baseada em revisão sistemática de artigos científicos, a fim de evidenciar a importância do tratamento neuropsicológico para diminuir impactos psicocognitivos advindos dos tratamentos de neoplasias. Materiais e Métodos: O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados BVS e SciELO, e foram selecionados 5 artigos com recorte temporal de 2011-2016, nos idiomas português e espanhol. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra e analisados de forma descritiva e qualitativa, com propósito de destacar itens pertinentes ao estudo. Resultados: Tratamentos oncológicos frequentemente possuem comportamento tóxico afetando o sistema nervoso. Consequentemente, a toxicidade desencadeada por radio e quimioterapia prejudica células progenitoras responsáveis pela neurogênese hipocampal e a integridade do encéfalo. Ademais, o declínio cognitivo relaciona-se com danos à substância branca cortical e subcortical e pode apresentar-se a partir da redução da velocidade de processamento, da memória, entre outras alterações neuropsicológicas que interferem na qualidade de vida dos pacientes. Conquanto, tratamento cirúrgico também pode ocasionar lesões cerebrais devido ao procedimento invasivo. Posto isso, a neuropsicologia pode analisar áreas cognitivas a partir do mapeamento das zonas deficitárias, além de ser importante no tratamento dos impactos psicológicos. Conclusão: A atuação do neuropsicólogo deve estar presente em qualquer fase do adoecimento oncológico, auxiliando no diagnóstico e provendo melhores opções de tratamento a partir da avaliação neuropsicológica do paciente. Outrossim, o neuropsicólogo deve ensinar estratégias para auxiliar com a dor e alterações psicocognitivas, bem como ajudar a reabilitar funções afetadas pelo declínio cognitivo ou processos psicopatológicos para proporcionar melhor qualidade de vida.
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