DOENÇAS PARASITÁRIAS E A RELAÇÃO COM O PANORAMA SANITÁRIO, SOCIOECONÔMICO E A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/730Keywords:
Doenças sanitárias, Educação em saúde, Parasitoses intestinais, Saúde públicaAbstract
Introdução: Países subdesenvolvidos, como o Brasil, apresentam baixas, ou inexistentes, taxas de saneamento básico, evidenciando a relação direta entre o fator de desenvolvimento populacional e a prevalência de doenças parasitárias. Aspectos socioculturais potencializam essas enfermidades, principalmente quando se trata da carência socioeconômica e das condições precárias de higiene. Sendo assim, a educação em saúde torna-se um mecanismo facilitador na melhoria da qualidade vida dos indivíduos, estimulando os bons hábitos de higiene e consciência crítica para a problemática em que estão inseridos. Objetivo: realizar uma revisão narrativa da literatura sobre as parasitoses intestinais e a relação com a situação sanitária e socioeconômica no Brasil abordando a educação em saúde como método preventivo. Metodologia: A busca utilizou dados provenientes de trabalhos publicados entre os anos de 2000 a 2020 a partir da base de dados BVS, LILACS, MEDLINE e SCIELO, além de livros e manuais do Ministério da Saúde e da OMS. As palavras-chave utilizadas foram: parasitoses intestinais, educação em saúde, educação em parasitoses, doenças sanitárias e prevalência de parasitoses. Resultados: No ano de 2018, 27,3% de toda a população brasileira, não possuíam tratamento de esgoto, e os índices, atualmente, tendem ao crescimento nas regiões Norte, Nordeste e Sul. A renda familiar é um fator socioeconômico intimamente relacionado ao desenvolvimento das doenças parasitárias. Moradias autoconstruídas, resultantes da grande expansão urbana, apresentam precárias condições sanitárias, pois não há investimento público econômico e atenção social voltada para a população carente. Neste contexto, a educação em saúde, associada à participação da população, contribui para a diminuição da prevalência e disseminação das enteroparasitoses. Palestras educativas podem funcionar como ferramentas na orientação e alerta quanto à transmissão e as formas de prevenção e higiene básica. Conclusão: A carência de políticas públicas efetivas de educação sanitária torna a situação envolvendo as parasitoses no Brasil preocupante. É necessário promover a associação de medidas que envolvam melhorias nas condições socioeconômicas e sanitárias. Medidas educativas preventivas contribuem para a melhora da qualidade de vida através de orientações quanto a mudanças de certos hábitos culturais e de higiene da população, principalmente nas comunidades carentes, auxiliando na diminuição dos índices de parasitoses.
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