Disfunções Hemodinâmicas na Covid-19

Autores

  • Bruno Silva Gomes Gomes
  • Felipe Jatobá Nonato de Sá
  • Juliana Matos Ferreira Bernardo
  • Carlos Daniel Passos Lobo

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/646

Palavras-chave:

Coagulopatias, Covid-19, Hematologia

Resumo

Introdução: Covid-19 é a síndrome infecciosa causada pelo SARS-COV-2 que pode cursar com reação inflamatória sistêmica, decorrente da liberação de citocinas, promovendo morte celular e ativação da cascata de coagulação. Hipercoagulabilidade e trombose em microcirculação, demonstrados por necropsias, conjuntamente a hipoxemia, resultam em isquemia e disfunção orgânica. A incidência de tromboembolismo venoso entre estes pacientes varia de 8 a 69%. Objetivo: Apresentar a fisiopatologia e repercussões clínicas das alterações hemodinâmicas na Covid-19. Material e métodos: Revisão bibliográfica integrativa realizada no PUBMED. Utilizou-se como estratégia de busca os descritores: “coagulopathy” “covid-19", combinado pelo operador booleano AND. Como critério de inclusão, elegeram-se filtros de versão 5 anos, meta-análises, ensaio clínico e randomizados, trabalhos restritos a modelos humanos e sem restrição linguística, enquanto como critério de exclusão, descartaram-se artigos que não abrangeram o recorte de análise. As pesquisas retornaram 12 resultados, após interpretação dos títulos e resumos selecionaram-se 10. Resultados: Evidencia-se maior mortalidade em indivíduos com altos níveis de D-dímero, relacionada à reação hiperinflamatória e à falência orgânica, apesar deste ser um marcador indireto da geração de trombina. Sua dosagem, assim como o tempo de atividade de protrombina (TAP), fibrinogênio e plaquetometria, é importante na estratificação de risco. A Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia recomenda a realização de exames laboratoriais, além de Doppler venoso de membros inferiores, na suspeita de trombose venosa profunda. Como também a utilização dos Escores de Padua e IMPROVE para avaliar o risco tromboembólico. Conclusão: Hipercoagulabilidade e isquemia decorrentes da tempestade de citocinas culminam em agravos clínicos como: embolia pulmonar, sepse, edema assimétrico de membros inferiores, disfunção ventricular direita aguda e piora da hipoxemia. A ameaça de tromboembolismo requer acompanhamento por dosagem de plaquetas, TAP, PTT, D-dímero e fibrinogênio, com profilaxia oferecida nos casos de susceptibilidade. A piora desses parâmetros indica gravidade, com possível necessidade de cuidados intensivos.

Publicado

2021-02-01

Como Citar

Gomes, B. S. G., Sá, . F. J. N. de, Bernardo, J. M. F., & Lobo, . C. D. P. (2021). Disfunções Hemodinâmicas na Covid-19. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 2. https://doi.org/10.51161/rems/646

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line

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