O PAPEL DO ENFERMEIRO COMO AMENIZADOR DE VIOLÊNCIAS NO PROCESSO DE PARTURIÇÃO DE MULHERES INDÍGENAS
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2498Palavras-chave:
SAÚDE DE POPULAÇÕES INDÍGENAS, PARTO, ENFERMEIRAS E ENFERMEIROSResumo
Introdução: De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, 896 mil pessoas se declararam indígenas. Atender às necessidades de saúde dessa população requer uma abordagem multicultural, que respeite e inclua genuinamente as crenças e desejos desses indivíduos. A saúde da mulher indígena gestante necessita de um cuidado mais cauteloso e acolhedor, que proteja os seus desejos enquanto ser inserido em um contexto social, mulher e parturiente. Objetivos: Este trabalho tem por objetivo discutir, com base na literatura científica, o papel do Enfermeiro no processo de parturição de mulheres indígenas inseridas ou não em contexto de saúde que contemple quaisquer níveis de atenção e, assim, evidenciar o potencial de acolhida deste profissional como forma de prevenir violências (socioculturais, psicológicas, físicas e, particularmente associado ao período, obstétricas). Material e métodos: Para tanto, procede-se a uma revisão integrativa da literatura, em que foram pesquisados artigos científicos nas bases de dados eletrônicas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde (MS) centrados na temática explorada e utilizando-se dos seguintes descritores, segundo a classificação dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Povos Indígenas; Parto; e Papel do Profissional de Enfermagem. A coleta de dados se deu de abril a agosto de 2021. Resultados: Obteve-se uma amostra final de 16 artigos, distribuídos nas bases de dados selecionadas, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos. Conclusão: Os estudos evidenciaram que as perspectivas culturais das etnias indígenas diferem das da população não-indígena e entre si, trazendo a urgência dos profissionais de saúde em se adaptarem às necessidades desses grupos para promover um trabalho de parto e parto livre de violências. Deste modo, observa-se a necessidade da continuidade de novos estudos no âmbito da saúde de populações indígenas e a atuação da enfermagem, além do desenvolvimento de protocolos assistenciais e educação permanente, para uma assistência integral às mulheres indígenas.
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