ANÁLISE MOLECULAR, BIOLÓGICA E FILOGENÉTICA DO NOVO CORONAVÍRUS SARS-COV-2
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/2313Palavras-chave:
BETACORONAVÍRUS, CHIROPTERA, GENÔMICA VIRAL, NGSResumo
Introdução: Os coronavírus são uma família de vírus que possuem RNA de fita simples e são capazes de contaminar homens e animais. São conhecidos por sua alta frequência de recombinação e altas taxas de mutação, permitindo que se adaptem a novos hospedeiros e nichos ecológicos. Os níveis virais elevados fornecem um ambiente adequado para a replicação viral, levando a persistência viral, por sua vez, pode originar novas estirpes virais. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar o aspecto molecular, biológico e filogenético do SARS-CoV-2. Material e Métodos: Para isso, foi feito um levantamento dos estudos relacionados com o tema ao longo dos anos de 2019 e 2021 e a utilização de vários softwares para a análise filogenética de 105 genomas completos do SARS-Cov-2 provenientes do Brasil, China, Índia, Itália e Estados Unidos e de morcegos de Wuhan (WIV). Resultados: Apenas duas sequências do SARS-Cov-2 isolados no Brasil tiveram semelhança com as sequências WIV, demonstrando que as estirpes brasileiras da pesquisa possuem uma alta variabilidade genética. Já os isolados do SARS-Cov-2 isolados na China apresentam o maior número de sequências relacionadas com as WIV. Nos isolados virais da Índia observou-se uma relação de afinidade por um ancestral comum e os isolados WIV, porém, não possuem uma similaridade direta com as sequências WIV pois a análise mostrou mais ramificações isoladas confirmando achados de estudos que revelaram que a Europa e o Sudeste Asiático são as duas principais rotas de introdução da doença na Índia. Os vírus dos Estados Unidos, da China e da Índia ficaram reunidos com as estirpes do próprio país demostrando através do alinhamento de sequências que mutações diferentes ocorrem pelo mundo. Além disso, algumas estirpes apresentaram proximidade com outras sequências de outros países devido a circulação de pessoas entre as nacionalidades estudadas neste trabalho. Conclusão: O novo Coronavírus foi originado de um processo de coevolução com início em um animal não humano e atingiu os hospedeiros humanos através do salto de espécies. Dessa forma, com base na filogenia molecular do genoma viral essa capacidade zoonótica traz consigo o alerta para possíveis novos surtos ou epidemias devido à evolução e adaptações desse vírus em outros hospedeiros animais.
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