ANÁLISE DO USO EXCESSIVO DE SMARTPHONE E A RELAÇÃO COM SINTOMAS MUSCULOESQUELÉTICOS EM ESTUDANTES: REVISÃO DA LITERATURA

Abstract

INTRODUÇÃO: Os smartphones se constituíram como instrumento para a conveniência do dia-a-dia, no entanto, o vício por esses dispositivos emergiu como uma questão social. A intensidade e o tempo de duração da utilização de smartphones aumenta cada vez mais na população mundial, suas características ergonômicas e design dão origem a uma série de preocupações sobre o impacto biomecânico corporal e alguns fatores psicossociais. No entanto, pelo crescente aumento dos usuários em manter o pescoço flexionado (má postura) ao utilizar esses dispositivos combinados a movimentos repetitivos sem pausas para descanso, podem provocar risco de lesões musculoesqueléticas. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi analisar as evidências científicas sobre a relação do uso excessivo de smartphone e sintomas musculoesqueléticos em estudantes. Método: Trata-se de uma revisão de literatura. A busca de estudos para a síntese foi realizada no Pubmed e Scielo, no período de março a abril de 2020. Os descritores utilizados para a busca foram: “smartphone” “dor musculoesquelética”, “má postura”, “estudantes”. Como critério de seleção foram escolhidos estudos observacionais ou de intervenção, em idiomas português e inglês publicados entre 2014 a 2019, foram excluídas revisões bibliográficas e artigos duplicados. Resultados: Foram analisados 36 artigos, e após a observação de critérios de elegibilidade, foram escolhidos 6 artigos elegíveis para a síntese. Uma maior proporção dos artigos pesquisados mostrou uma grande relação da ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos com uso excessivo de smartphone, observou-se também que os sintomas acompanhavam a má postura (flexão excessiva da coluna cervical) por partes dos estudantes. Conclusão: A pesquisa certificou que pode haver relação do uso excessivo do smartphone com problemas musculoesqueléticos. Dessa maneira, é recomendado a utilização moderada, de preferência com o uso de ambas as mãos e o aparelho posicionado a frente do campo de visão, evitando principalmente a flexão do pescoço.