O PAPEL IMUNOMODULATÓRIO DOS HORMÔNIOS SEXUAIS NA COVID 19
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/991Palavras-chave:
Covid 19, Hormônios Sexuais, ImunomodulaçãoResumo
INTRODUÇÃO: O vírus SARS-COV2 é um coronavírus responsável pela atual pandemia de síndrome respiratória aguda COVID-19, uma doença que ainda necessita de estudos para responder às diversas dúvidas levantadas pelas ciências da saúde. Neste contexto, encontra-se a imunomodulação desempenhada pelos hormônios sexuais, os quais determinam o diferente grau de acometimento de indivíduos do sexo masculino e feminino. Objetivo: por meio de uma revisão integrativa da literatura, avaliar a imunomodulação realizada pelos hormônios sexuais masculinos e femininos, expondo as alterações principais no sistema imunológico e seus impactos no paciente acometido por COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: levantamento de artigos indexados nas bases de dados PubMed, LILACS, SciELO e BVS a partir de 2019, por meio dos seguintes descritores: “estrogen” AND “covid 19”. Primariamente, obtiveram-se 209 referências. Após a exclusão de 22 fontes duplicadas e 167 referências que não atendiam aos critérios de inclusão/exclusão, restaram 20 artigos analisados no presente estudo. RESULTADOS: A presença superior dos níveis de estrogênio, quando relacionada ao COVID-19, atua como fator protetor para o sexo feminino, visto que tal hormônio apresenta um papel de ativação do sistema imunológico e possui interação com sistemas que modulam a homeostase vasomotora. Sabe-se que o estrogênio inibe a resposta vasoconstritora a vários estímulos e induz a vasodilatação da vasculatura pulmonar sob estresse, desta forma, atenua-se o impacto das microtromboses pulmonares do COVID-19 ao manter o fluxo microvascular. Outro ponto importante para o sexo feminino é a presença dobrada do cromossomo X, que contém o maior número de genes relacionados ao sistema imune em todo o genoma humano e também codifica receptores Toll-like que trabalham na detecção de ácidos nucleicos da SARS-CoV-2, dando às mulheres vantagem na geração de resposta imunológica. Entretanto, a testosterona e a progesterona fornecem uma supressão imunológica das respostas inatas e interferem negativamente a ação de células T citotóxicas e Natural Killers. CONCLUSÃO: Conclui-se que a presença do estrogênio, junto ao fato das mulheres apresentarem 2 cromossomos X em seus genes, faz com que o sexo feminino possua uma resposta imunológica ao COVID-19 mais rápida e eficaz.
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