PRINCIPAIS MECANISMOS IMUNOLÓGICOS DECORRENTES DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV): UMA REVISÃO DE LITERATURA.
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/989Palavras-chave:
Hiv, Imunodeficiências, ImunologiaResumo
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) em sua forma aguda pode causar febre, cefaleia, mal-estar, astenia, diarreia, dermatite, faringite, sudorese noturna, entre outros sintomas. O HIV infecta aproximadamente 37 milhões de pessoas no aspecto global e mata cerca de 1 milhão de indivíduos por ano, o que o torna de grande importância. Uma das razões dos altos índices de morbimortalidade é a ausência de tratamentos efetivos. Nos últimos anos houveram muitos avanços farmacológicos, todavia, ainda não há cura para a patologia, apenas o controle por terapias antivirais. Desta forma, o conhecimento acerca da resposta imunológica do vírus e do seu destino intracelular torna-se crucial, assim como a atividade imune inata e as possíveis restrições do vírus HIV-1 por alguns genes. Objetivos: Descrever as principais alterações do sistema imunológico decorrentes da infecção por HIV. Material e método: Revisão de literatura que abrangeu 3 artigos científicos entre os anos de 2011-2021, em língua inglesa e portuguesa, tratando-se da infecção por HIV e suas implicações imunológicas nas seguintes bases de dados: PubMed, ScieLO e LILACS. As palavras-chave utilizadas foram "HIV","Imunodeficiências", "Imunologia". Resultados: As infecções por HIV podem ser ocasionadas por um ou mais retrovírus, HIV-1 e HIV-2. Esses retrovírus atravessam as mucosas do organismo, infectando células do sistema imune, especialmente os linfócitos CD4 +, os quais são destruídos por esse vírus de forma progressiva. Os linfócitos possuem receptores para o HIV, de tal forma que eles se ligam na membrana dessa célula e penetram no seu interior para se multiplicarem, o que, posteriormente, a partir dessa população de células infectadas, poderão ser disseminados para os linfonodos, que permitirão que o vírus se espalhe em número satisfatório para instituir e manter a produção de vírus nos tecidos linfoides, além de estabelecer um reservatório viral latente, principalmente em linfócitos CD4+. Conclusão: Destaca-se, portanto, que os indivíduos com HIV, devido à destruição dos seus linfócitos CD4+ e, consequentemente, o comprometimento do seu sistema imunológico, ficam suscetíveis ao ataque de organismos infecciosos, aumentando sua imunodeficiência que, em última análise, leva a doenças oportunistas características da AIDS.
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