O USO DE INTERFERON-BETA NO TRATAMENTO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/981Palavras-chave:
esclerose Múltipla, interferon Beta, tratamentoResumo
Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune que acomete o sistema nervoso central (SNC), promovendo a destruição da bainha de mielina. É considerada rara, cuja epidemiologia é de 30 para 100.000 pessoas no mundo, sendo mais comum em mulheres. Essa doença apresenta como um dos sintomas mais recorrentes a fadiga, caracterizando-se pela dificuldade em manter a contração muscular. Também são relatados sintomas como astenia, neurite óptica, paresia ou parestesia de membros, disfunção da coordenação e equilíbrio, mielites, disfunções esfincterianas e disfunções cognitivo comportamentais. A fisiopatologia da doença é pouco conhecida, mas evidências indicam que a EM é causada por células Th1 e Th17, que reagem contra antígenos próprios da mielina, resultando na inflamação do SNC com ativação de macrófagos ao redor dos nervos, do cérebro e da medula espinhal, destruição da mielina e anormalidades na condução nervosa. O diagnóstico é feito pela avaliação clínica e por exames complementares, sendo a ressonância magnética o padrão-ouro. Uma das terapias utilizadas para EM é a administração de Interferon-Beta (IFN-β), possuindo papel modulador na resposta inflamatória desencadeada pela imunidade celular no SNC. Objetivo: Discutir sobre o tratamento alternativo da Esclerose Múltipla com Interferon-Beta, compreendendo o mecanismo de ação dessa citocina na doença. Material e Métodos: Revisão bibliográfica integrativa de estudos nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS, com os descritores "esclerose múltipla", "interferon beta" e "tratamento". Resultados: Foram analisados oito estudos sobre o tratamento da EM pelo IFN-β; a maioria deles relata a satisfação dos pacientes com esse medicamento, além de se mostrar eficiente na diminuição dos surtos e sintomas da doença. Dentre os principais resultados da terapia com INF-β, nota-se a redução de citocinas pró-inflamatórias e o aumento de citocinas anti-inflamatórias, o que confirma a sua eficácia como imunomodulador. Conclusão: A esclerose múltipla está entre as mais vulneráveis das doenças neurológicas devido à sua cronicidade e ao acometimento de adultos jovens. Em relação ao tratamento, o uso de imunomoduladores têm sido eficaz, sendo o IFN-β uma opção muito utilizada. Observa-se a redução do número de surtos em parcela significativa desses pacientes, além da progressão mais lenta da doença.
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