DOSAGEM DE IMUNOGLOBULINA A E PROTEÍNAS TOTAIS EM AMOSTRAS DO BANCO DE LEITE HUMANO DE BLUMENAU/SC
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/959Palavras-chave:
Anticorpos, Diagnósticos Laboratoriais, Imunidade Passiva, Leite Humano, Saúde Materno-infantilResumo
Introdução: O leite humano apresenta componentes indispensáveis para defesa e proteção do recém-nascido. Variações na qualidade do leite materno afetam o desenvolvimento, saúde e crescimento do recém-nascido, tornando-o vulnerável. Objetivos: determinar a dosagem de Imunoglobulina A (IgA) e proteínas totais em amostras de leite materno do Banco de Leite Humano (BLH) de Blumenau/SC; assim como determinar possíveis fatores que podem influenciar nessas dosagens. Material e métodos: Estudo transversal, com análise de 105 amostras de leite provenientes do BLH de Blumenau/SC. A dosagem das proteínas totais foi realizada em equipamento Human Milk Analyser (HMA) por metodologia de infravermelho, enquanto a dosagem da IgA foi realizada pela técnica de turbidimetria. Dados sobre estágio do leite, idade materna, IMC, tipo de parto, tempo gestacional e peso do bebê ao nascer também foram coletados. Resultados: Em relação a dosagem do anticorpo secretório, o leite maduro apresentou uma redução de 26% na quantidade de IgA em relação ao colostro. Quando associado ao tipo de parto, observou-se uma redução de 21% na quantidade de proteínas do leite materno quando realizado parto vaginal. Os valores de proteínas totais apresentaram correlação estatisticamente significativa com a idade gestacional, IMC inicial e final. A correlação do nível de proteínas totais com o IMC, tanto inicial como final da mãe, demonstrou que há influência sobre a dosagem de proteínas no leite materno, ou seja, quanto maior o IMC da mãe, maior a dosagem de proteínas totais do leite. Não houve diferenças significativas entre IgA com as demais variáveis analisadas. Apesar disso, a quantidade de IgA apresentou uma tendência decrescente em relação ao aumento da idade materna. Conclusão: a dosagem média das proteínas foi relativamente abaixo da média da literatura; diferindo da dosagem da IgA que se apresentou como esperado. Houve redução na dosagem de IgA no leite maduro em relação ao colostro e diminuição na quantidade de proteínas no parto vaginal. Quanto as correlações, a variável proteínas apresentou associação com Idade materna, IMC inicial e final; diferente da variável IgA, na qual não houve nenhuma correlação significativa.
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