ANÁLISE DE PRESCRIÇÕES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL SOB A ÓTICA DA SEGURANÇA DO PACIENTE
Palavras-chave:
Assistência Farmacêutica, Atenção Primária à Saúde, Prescrições de Medicamentos, Segurança do PacienteResumo
Introdução: A Unidade Básica de Saúde (UBS) é um dos principais acessos do usuário ao SUS apresentando certas delimitações, entre elas dificuldades em relação a segurança do paciente. Fazendo-se necessário conhecer e analisar as principais causas de erros relacionados a prescrições na atenção primária à saúde, garantindo maior segurança ao paciente. Objetivo: Analisar prescrições em UBS do Distrito Federal sob a ótica da segurança do paciente. Metodologia: Pesquisa transversal de cunho avaliativo envolvendo análise de prescrições realizada em uma UBS de Santa Maria - DF. Foram analisadas 431 prescrições arquivadas no serviço referentes ao período de fevereiro a julho de 2019 partindo da média local de demanda de atendimento na farmácia da UBS considerando nível de confiança de 95% (margem de erro de 5%). Resultados: Dentre as prescrições analisadas, a maioria foram prescritas para mulheres (n=300; 69,6%) na faixa etária de 20 a 59 anos (n=230; 53,4%). A maior parte das prescrições foi elaborada por médico (n=378; 87,7%), era do tipo manual (n=340; 78,9%) e com origem no serviço público (n=418; 96,7%). Foram prescritos 1208 medicamentos no total, dos quais 1014 (83,9%) foram efetivamente dispensados; 68,0% (n=293) das prescrições foram atendidas na íntegra. A maior parte das prescrições era legível (n=409; 94,9%), dez (6,1%) prescrições continham rasura e 311 (72,2%) prescrições continham todos os itens obrigatórios considerados. Apenas 72,9% (n=881) continham as informações completas de concentração, dose, forma farmacêutica, posologia, tempo de tratamento e via de administração. Conclusões: A partir dos resultados obtidos, consegue-se perceber que há dificuldades em garantir a segurança do paciente no que se refere à prescrição de medicamentos, desde aspectos relacionados a informações sobre os medicamentos até a falta de orientação quanto ao uso, evidenciando necessidade de reajustes de práticas, especialmente as farmacêuticas, as quais devem se voltar também para sua vertente assistencial.
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