PARASITOSE OPORTUNISTA CAUSADA PELO Toxoplasma gondii EM PACIENTES COM HIV: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/910Palavras-chave:
HIV, Infecção Oportunista, Parasitoses, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, ToxoplasmoseResumo
Introdução: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é o causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), o qual infecta primordialmente os linfócitos TCD4, causando um quadro de imunossupressão. Esta, proporciona uma maior suscetibilidade à Toxoplasmose, doença causada pelo Toxoplasma gondii (Nicolle & Manceaux, 1908), desencadeando intercorrências clínicas graves. Essa parasitose apresenta-se como a mais frequente infecção oportunista que afeta o sistema nervoso central (Neurotoxoplasmose) desses imunocomprometidos, visto a capacidade de o HIV reativar a infecção latente pelo T. gondii, configurando-se como uma grande preocupação de saúde pública mundial. Objetivo: Descrever a ação oportunista do T. gondii em indivíduos com SIDA e a sua capacidade de complicações severas com base na literatura. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o tema baseada em artigos científicos indexados no PubMed, Scielo e MEDLINE. Resultados: A parasitose oportunista causada pelo T. gondii, parasita intracelular obrigatório, está presente em grande parte dos indivíduos acometidos pela SIDA, com prevalência em países tropicais, como o Brasil. A literatura relata que as manifestações clínicas mais graves originam-se de quadros de Neurotoxoplasmose, atacando células nervosas e provocando lesões multifocais na área frontoparietal, ou no gânglio basal e cerebelo, podendo ocasionar hemiparesia, cefaléia, confusão mental, letargia e convulsões, somado à paralisia de nervos cranianos, acidentes vasculares encefálicos e irritação meníngea. Além da reativação da doença no sistema nervoso central, há ocorrências no pulmão, miocárdio, retina ocular, ou de modo disseminado. Dessa forma, os quadros clínicos apresentados pela coinfecção HIV/T. gondii são altamente graves, com risco de morbimortalidade. Conclusão: Nesse viés, é imprescindível o seguimento dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para o manejo da infecção pelo HIV e suas possíveis coinfecções, como a Toxoplasmose, melhorando a qualidade de vida desses pacientes e evitando possíveis complicações.
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