FRAÇÃO DE PLAQUETAS IMATURAS (IPF): UMA REVISÃO DA LITERATURA

Autores

  • Gabriele Sorendino
  • Giovana Hartmann Carioletti
  • Pâmela Aparecida da Costa
  • Railson Henneberg

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/783

Palavras-chave:

:Índices plaquetários, fração de plaquetas imaturas, plaquetas reticuladas

Resumo

Introdução: A fração de plaquetas imaturas (IPF) é um parâmetro ainda pouco explorado na rotina clínica e sua determinação laboratorial através de citometria de fluxo tem sido pesquisado como um marcador de função medular. As plaquetas reticuladas (PR) representam plaquetas jovens recentemente liberadas pela medula óssea, e são caracterizadas pelo alto conteúdo de ácido ribonucleico (RNA) em seu citoplasma. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi pesquisar a utilidade diagnóstica das PRs através do parâmetro IPF (fração de plaquetas imaturas) na rotina médica e suas limitações, além das perspectivas futuras para seu uso. Material e métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em bases de dados confiáveis, Medline, PubMed (US. National Library of Medicine National Institutes of Health, USA), SciELO Brazil (Scientific Eletronic Library Online) e BIREME (Biblioteca Regional de Medicina, Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde) utilizando os descritores “Platelet índices”, “Immature platelet fraction” e “Reticulated platelets”. Resultados: As plaquetas reticuladas são um importante indicador da etiologia da trombocitopenia em diversos quadros clínicos, diferenciando os casos de consumo periférico plaquetário de uma falha na produção na medula óssea. As plaquetas imaturas permanecem na circulação por 24 a 36 horas, quando progressivamente têm seu RNA degradado e seu volume diminuído passando ao estado da plaqueta madura. Portanto, assim como os reticulócitos para os eritrócitos, a quantificação de plaquetas imaturas é capaz de trazer informações precoces em relação a produção de plaquetas na medula óssea. Além disto, alguns estudos apontam que o IPF pode ser útil no diagnóstico precoce de sepse bem como no acompanhamento de pacientes transplantados. Conclusão: Através desta revisão bibliográfica, conclui-se que a fração de plaquetas imaturas é um promissor parâmetro laboratorial para identificar a etiologia da trombocitopenia (consumo periférico ou falha medular). Embora novos estudos precisam aprofundar o conhecimento e a segurança do uso do IPF, este parâmetro mostra-se útil para o auxílio diagnostico e acompanhamento terapêutico de uma série de patologias associadas à trombocitopenia, como púrpura trombocitopênica, acompanhamento de pacientes transplantados e em pacientes com risco de sepse.

Publicado

2021-02-01

Como Citar

Sorendino, G. ., Carioletti, G. H. ., Costa, P. A. da, & Henneberg, R. . (2021). FRAÇÃO DE PLAQUETAS IMATURAS (IPF): UMA REVISÃO DA LITERATURA. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 35. https://doi.org/10.51161/rems/783

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Hematologia Clínico-laboratorial On-line