A INFLUÊNCIA DA POLIMEDICAÇÃO NO AGRAVO À SÍNDROME DA FRAGILIDADE: UMA REVISÃO
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/770Palavras-chave:
Geriatria, Idoso, Polimedicação, Síndrome da FragilidadeResumo
Introdução: A Síndrome da Fragilidade é uma condição multifatorial que resulta em incapacidade prolongada e vulnerabilidade a diversos estressores. Acredita-se que pode haver uma relação cíclica ou bidirecional entre a polimedicação e a Síndrome da Fragilidade. Compreender essa relação pode viabilizar a implementação de outras estratégias terapêuticas, melhorando a saúde e a qualidade de vida da população idosa. Objetivo: Avaliar os efeitos da polimedicação sobre o organismo do idoso fragilizado e descrever como esses efeitos contribuem para o agravo da Síndrome da Fragilidade. Material e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura a partir de estudos publicados entre 2010 e 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol e encontrados nos motores de pesquisa: Scielo, LILACS e PubMed, além de repositórios de universidades. Resultados: As mudanças fisiológicas decorrentes do envelhecimento provocam alterações na farmacocinética e farmacodinâmica, afetando a ação e a concentração dos fármacos em seus respectivos sítios receptores, causando reações adversas ou até mesmo intoxicações. O risco de reações adversas a medicamentos é de 3 a 4 vezes maior em pacientes idosos em decorrência da polimedicação. Além disso, estima-se que há um aumento gradual do risco de interação entre os fármacos conforme a quantidade de medicamentos. Ademais, a polimedicação foi apontada por muitos autores como um fator associado à Síndrome da Fragilidade por estar diretamente ligada à depressão, dores, dispneia, hipotensão, sintomas gastrointestinais, quedas, declínio cognitivo e problemas cardiovasculares. Conclusão: As consequências negativas da polimedicação podem ser fatores agravantes da Síndrome da Fragilidade, uma vez que podem provocar efeitos já caracterizados como parte dessa síndrome. Sendo assim, é importante que sejam prescritos aos idosos apenas medicamentos realmente necessários e eficazes, evitando aqueles que apresentam uma elevada incidência de efeitos colaterais e interações medicamentosas. Além disso, as funções renais e hepáticas devem ser levadas em consideração no momento da prescrição.
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