ASPECTOS HISTÓRICOS, APLICAÇÕES PARASITÁRIAS E COLETA EM ENTOMOLOGIA FORENSE

Resumo

Introdução: A entomologia forense é de extrema importância, sendo esta usada como prova judicial em casos de morte violenta e outros tipos de crime. Além disso, o Brasil possui uma abundante fauna de parasitos cadavéricos que, normalmente, são os primeiros a encontrar um corpo em decomposição. Objetivo: I. Relatar o histórico da entomologia forense no Brasil; II. Apresentar as principais ordens de parasitos encontrados em cadáveres; III. Descrever a utilização da parasitologia aplicada à entomologia forense em estudos criminais; IV. Registrar os principais métodos de coleta de artrópodes necrófagos. Material e métodos: Pesquisa e coleta de dados em servidores públicos de artigo. Estabelecendo como requisito que os materiais consultados fossem: a) publicações brasileiras; b) datados a partir de 2002; c) de acesso aberto. 22 materiais bibliográficos foram consultados. Resultados: A entomologia forense brasileira iniciou-se com base em manuscritos franceses; sistematicamente, começou em 1908 com as publicações de Domingos Freire, Edgard Roquette-Pinto e Oscar Freire. Logo após, o estado de São Paulo se destacou com seus artigos científicos acerca do tema em periódicos estaduais; depois de uma longa pausa (4 décadas!), o assunto voltou a ter relevância em 1987 com o lançamento de novas matérias. Desde então, os avanços em pesquisas se estenderam em universidades e em trabalhos de campo de peritos criminais. Por meio dessas publicações, e de outras tão quanto relevantes, foi possível identificar os principais artrópodes encontrados na entomofauna cadavérica brasileira que são da ordem Diptera e Coleoptera. Por fim, investir em parasitologia aplicada à entomologia forense contribui para elucidar uma série de crimes, como tráfico de entorpecentes, danos em imóveis e casos de contaminação. Respostas que só serão atingidas seguindo os protocolos de coleta em entomologia. Conclusão: O Brasil apresenta grandes diversidades de climas e exemplos de entomofaunas únicas, exigindo pesquisas sistemáticas e específicas para a realidade do Estado acerca de parasitologia e entomologia forense. Com isso, é preciso ter um treinamento não só teórico, como também prático, para realizar a extração e identificação de artrópodes em um corpo de delito.