PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE PAUDALHO, PERNAMBUCO, 2010 A 2020
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/745Palavras-chave:
Acesso à informação de Saúde, Leishmaniose Tegumentar Americana, Perfil EpidemiológicoResumo
Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. É um problema de saúde pública já que afeta de 0,7 a 1,3 milhão de pessoas todos os anos, com distribuição mundial. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar Americana no município de Paudalho, Pernambuco, 2010 a 2020. Material e métodos: Estudo descritivo de caráter epidemiológico, com dados obtidos das notificações de LTA no Sistema de Informações de Agravos de Notificações (Sinan), no período de 2010 a 2020. Os dados foram analisados na ferramenta Microsoft Office Excel 2016, quanto à distribuição por Unidade de Saúde, sexo, raça/cor, faixa etária, forma clínica, escolaridade, critério de confirmação e classificação epidemiológica. O estudo usou exclusivamente dados secundários, não nominais, em conformidade com o Decreto n° 7.724 de 16 de maio de 2012, que dispõe sobre o acesso a informações e a Resolução n° 510 de 7 de abril de 2016 que dispõe sobre as normas aplicáveis pesquisas. Resultados: A distribuição dos casos de LTA demonstrou um pico no ano de 2014 (17 casos), em relação aos anos estudados. Os casos se concentram em sua maioria (53,8%) no sexo masculino. A raça/cor mais acometida no período estudado foi a parda com 49,2%. O maior número de casos está concentrado na faixa etária entre 20 e 29 anos com 20,0% seguido por 60 e 69 anos (18,5%). Quanto à escolaridade, 12,3% possuíam o nível fundamental incompleto. A forma clínica de LTA predominante foi a forma cutânea com 98,5%. No que se refere a forma de diagnóstico, 58,5% foram clínico-laboratorial e 41,5% clínico-epidemiológico. Em relação a classificação epidemiológica, 75,4% dos casos foram autóctones, enquanto que 24,6% foram indeterminados. Conclusão: A LTA incide em todas as regiões de Pernambuco, com predominância na Zona da Mata, o que demonstra, a necessidade da adoção de medidas de controle e prevenção. Ademais, é necessário que as unidades de saúde contribuam com o diagnóstico precoce, monitoramento e notificação dos casos.
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