ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS E ESTRESSE OXIDATIVO EM CAMUNDONGOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS POR Angiostrongylus costaricensis

Autores

  • Natalie Renata Zorzi
  • Elise Benvegnú
  • Natália Freddo
  • Francieli Ubirajara India Amaral
  • Maria Isabel Botelho Vieira

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/732

Palavras-chave:

Angiostrongilíase Abdominal, Estresse Oxidativo, Óxido Nítrico

Resumo

Introdução: Angiostrongilíase Abdominal (AA), causada pelo nematódeo Angiostrongylus costaricensis, é considerada uma zoonose. A patogênese desta doença acontece em função dos vermes adultos habitarem as artérias mesentéricas do hospedeiro. Contudo, não apenas o intestino é lesionado, outros órgãos acabam sofrendo com a presença do parasito. Objetivo: Avaliar se houve alterações nas enzimas hepáticas e nos parâmetros de Estresse Oxidativo (EO), em camundongos experimentalmente infectados com A. costaricensis. Material e Métodos: Os animais foram divididos nos seguintes grupos: Grupo 1 (G1) e Grupo 2 (G2), ambos com oito (8) camundongos infectados experimentalmente com A. costaricensis, e seis (6) camundongos controle (não infectados), os quais foram necropsiados 14 e 24 Dias Pós Infecção (DPI), respectivamente. A partir dessas amostras, foram realizados as análises bioquímicas e os marcadores de EO. Resultados: Os camundongos infectados dos Grupos 1 e 2 apresentaram aumento da Fosfatase Alcalina (FA) e aumento da Aspartato Aminotransferase (AST), em relação aos camundongos controle, comprometendo desta forma, o funcionamento normal do fígado. Nos parâmetros de EO, os animais dos Grupos 1 e 2 apresentaram maiores níveis de Óxido Nítrico (ON) quando comparados ao grupo controle, o que pode ser uma tentativa dos animais combaterem a infecção ocasionada pelo parasito, uma vez que o ON atua como relaxante do músculo, aumentando o fluxo sanguíneo, evidenciando um possível efeito protetor. O G1 apresentou uma diminuição significativa no conteúdo de Tióis Não Proteicos, o qual é um marcador indireto dos níveis de Glutationa, que é a principal defesa antioxidante não enzimática do organismo. Já no G2 o mesmo não foi observado, pois, provavelmente, houve um tempo maior de infecção, e o organismo tenha conseguido se adaptar. Conclusão: Os resultados sugerem que o parasito A. costaricensis ocasiona nocivos distúrbios hepáticos em camundongos e promove danos em uma das principais defesas antioxidantes do organismo. Demonstramos que o ON, potente agente bioregulador, desempenha um papel importante na defesa do organismo contra patógenos invasores. Nossos resultados destacam as consequências ocasionadas pela AA, a qual pode levar a danos irreversíveis nos animais.

Publicado

2021-03-01

Como Citar

Zorzi, N. R., Benvegnú, E., Freddo, N., Amaral, F. U. I., & Vieira, M. I. B. (2021). ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS E ESTRESSE OXIDATIVO EM CAMUNDONGOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS POR Angiostrongylus costaricensis. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 55. https://doi.org/10.51161/rems/732

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line