TOXOPLASMOSE E O CONSUMO DE CARNE CRUA NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/716Palavras-chave:
Toxoplasmose, Contaminação de alimentos, Hábitos alimentaresResumo
Introdução: O Toxoplasma gondii é o protozoário causador da toxoplasmose que atinge em torno de 30% da população mundial humana. Geralmente assintomática, ainda assim pode causar febre, linfadenopatia, linfocitose e dores musculares, além de acometer pulmões, miocárdio, fígado, cérebro e ser causa de coriorretinite. Sua transmissão está intimamente ligada à ingestão de carne crua, sendo importante objeto de estudo de hábitos alimentares. Objetivo: O trabalho tem como objetivo verificar a relação entre consumo de carne crua em pratos culinários e a ocorrência de toxoplasmose. Material e métodos: Constitui-se de uma revisão bibliográfica de literatura. Resultados: A contaminação alimentar por toxoplasmose é ocorrida quando ocorre ingestão de cistos de tecidos viáveis de Toxoplasma gondii através de carnes cruas que estão presentes em diversos pratos culinários em todos o país como Steak Tartar, Hackepeter e kibe cru. Os cistos podem sobreviver por semanas no frio, sendo são inativados pelo congelamento ou pelo calor do produto em que estão inseridos. Entretanto, o mau armazenamento do produto ou local de onde veio, muitas vezes de abates clandestinos, podem gerar um aumento do risco de infecção pelo consumidor. Ainda, a disseminação popular de que a doença é transmitida em sua maioria apenas por felinos, faz com que a população não se atente a outros focos importantes de transmissão muitas vezes não conhecidos. Conclusão: Dessa forma, fazse necessário maiores estudos referente à taxa de transmissão de Toxoplasma gondii em carnes cruas bem como o fomento de políticas públicas que explicitem esse vetor de transmissão à população.
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