SÍNDROME DE LOEFFLER: DIAGNÓSTICO E CICLO BIOLÓGICO DO PRINCIPAL PARASITA INTESTINAL CAUSADOR DA SÍNDROME
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/712Palavras-chave:
Parasitose intestinal, Pneumonia eosinofílica, Síndrome de LoefflerResumo
Introdução: A alta prevalência das parasitoses no Brasil deve-se as condições sócioeconômicas precárias da maioria da população. A Síndrome de Loeffler é caracterizada por uma pneumonia eosinofílica, causada por parasitas intestinais com ciclo pulmonar obrigatório na qual evidencia-se infiltrado pulmonar migratório na radiografia de tórax e eosinofilia detectada no hemograma, em pacientes com tosse seca, dispnéia, sibilos e febre baixa. Objetivo: O estudo teve como objetivo buscar na literatura os aspectos clínicos, parasitológicos e o desenvolvimento da Síndrome de Loeffler, dada a alta prevalência destas parasitoses no Brasil. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos em inglês, espanhol e português, extraídos das bases de dados MEDLINE, PUBMED e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram "Síndrome de Loeffler” AND “pneumonia eosinofílica” AND “parasitose intestinal", Resultados: A Síndrome de Loeffler representa uma pneumonite eosinofílica transitória causada, principalmente, pelos helmintos: Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides, destacando-se o último. Especificamente, o contágio do Ascaris inicia-se com a ingestão de ovos de vermes encontrados em água e alimentos contaminados. No intestino delgado, os ovos eclodem em larvas que penetram a parede do intestino e migram via circulação porta até o fígado e, em seguida, via circulação sistêmica até os pulmões. As larvas introduzem nas paredes alveolares, deslocam-se até a garganta e são deglutidas. Posteriormente, retornam ao intestino e se transformam em vermes adultos, iniciando a reprodução, reiniciando o processo. Outrossim, o desenvolvimento da infecção pelos parasitas dura cerca de 2 a 6 semanas e os sintomas, quando presentes, iniciam-se após 7 a 14 dias do contágio. O diagnóstico da Síndrome de Loeffler é realizado por uma avaliação clínica, na qual pode-se observar sintomas respiratórios característicos, achados radiológicos de tórax, mostrando um infiltrado alvéolo-intersticial de caráter migratório, e, laboratorialmente, a síndrome é caracterizada por eosinofilia sanguínea. Conclusão: Para um adequado diagnóstico da Síndrome de Loeffler, é necessário associar à uma anamnese detalhada dados radiológicos e laboratoriais, acarretando assim em uma correta e precoce investigação do caso. Ademais, medidas sanitárias são importantes para reduzir a alta prevalência das parasitoses no Brasil.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O conteúdo desta revista foi migrado para https://editoraintegrar.com.br