SÍNDROME DE LOEFFLER: DIAGNÓSTICO E CICLO BIOLÓGICO DO PRINCIPAL PARASITA INTESTINAL CAUSADOR DA SÍNDROME

Autores

  • Andréia Lívia Gonzalez Napoli
  • Allan Eurípedes Rezende Napoli

DOI:

https://doi.org/10.51161/rems/712

Palavras-chave:

Parasitose intestinal, Pneumonia eosinofílica, Síndrome de Loeffler

Resumo

Introdução: A alta prevalência das parasitoses no Brasil deve-se as condições sócioeconômicas precárias da maioria da população. A Síndrome de Loeffler é caracterizada por uma pneumonia eosinofílica, causada por parasitas intestinais com ciclo pulmonar obrigatório na qual evidencia-se infiltrado pulmonar migratório na radiografia de tórax e eosinofilia detectada no hemograma, em pacientes com tosse seca, dispnéia, sibilos e febre baixa. Objetivo: O estudo teve como objetivo buscar na literatura os aspectos clínicos, parasitológicos e o desenvolvimento da Síndrome de Loeffler, dada a alta prevalência destas parasitoses no Brasil. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos em inglês, espanhol e português, extraídos das bases de dados MEDLINE, PUBMED e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram "Síndrome de Loeffler” AND “pneumonia eosinofílica” AND “parasitose intestinal", Resultados: A Síndrome de Loeffler representa uma pneumonite eosinofílica transitória causada, principalmente, pelos helmintos: Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Ascaris lumbricoides, destacando-se o último. Especificamente, o contágio do Ascaris inicia-se com a ingestão de ovos de vermes encontrados em água e alimentos contaminados. No intestino delgado, os ovos eclodem em larvas que penetram a parede do intestino e migram via circulação porta até o fígado e, em seguida, via circulação sistêmica até os pulmões. As larvas introduzem nas paredes alveolares, deslocam-se até a garganta e são deglutidas. Posteriormente, retornam ao intestino e se transformam em vermes adultos, iniciando a reprodução, reiniciando o processo. Outrossim, o desenvolvimento da infecção pelos parasitas dura cerca de 2 a 6 semanas e os sintomas, quando presentes, iniciam-se após 7 a 14 dias do contágio. O diagnóstico da Síndrome de Loeffler é realizado por uma avaliação clínica, na qual pode-se observar sintomas respiratórios característicos, achados radiológicos de tórax, mostrando um infiltrado alvéolo-intersticial de caráter migratório, e, laboratorialmente, a síndrome é caracterizada por eosinofilia sanguínea. Conclusão: Para um adequado diagnóstico da Síndrome de Loeffler, é necessário associar à uma anamnese detalhada dados radiológicos e laboratoriais, acarretando assim em uma correta e precoce investigação do caso. Ademais, medidas sanitárias são importantes para reduzir a alta prevalência das parasitoses no Brasil.

Publicado

2021-03-01

Como Citar

Napoli, A. L. G., & Napoli, A. E. R. (2021). SÍNDROME DE LOEFFLER: DIAGNÓSTICO E CICLO BIOLÓGICO DO PRINCIPAL PARASITA INTESTINAL CAUSADOR DA SÍNDROME. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(1), 31. https://doi.org/10.51161/rems/712

Edição

Seção

Anais do Congresso Brasileiro de Parasitologia Humana On-line

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