ASPECTOS BIOQUÍMICOS DO PROCESSO INFLAMATÓRIO GERADO NO LÍQUEN PLANO ORAL E RELAÇÃO COM O POTENCIAL DE MALIGNIZAÇÃO DESTA PATOLOGIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/661Palavras-chave:
Líquen plano oral, malignização do líquen plano oral, inflamação crônica no líquen plano oralResumo
Introdução: O líquen plano oral é uma doença mucocutânea inflamatória crônica mediada por células T, que por induzirem apoptose de células epiteliais, levam a uma inflamação crônica. Pode se apresentar de diversas formas, como reticular, atrófica, bolhosa, eritematosa ou erosiva. Tratando-se desta doença, existem muitas controvérsias principalmente acerca do seu potencial de malignização, para o qual os fatores de risco descritos são multifatoriais, e, dentre eles, a associação com o quadro inflamatório gerado. Objetivo: Identificar na literatura os eventos bioquímicos envolvidos no quadro inflamatório crônico gerado pelo líquen plano oral e sua relação com o potencial de malignização. Material e métodos: Revisão bibliográfica, sendo a busca feita em bancos e base de dados, além de livros consagrados na área. Das leituras encontradas, foram selecionadas 10 , os quais abordavam aspectos relacionados com a etiopatogenia, patogênese, bioquímica do processo inflamatório crônico causado e potencial de malignização da doença, Resultados: Diversos trabalhos mostram que a presença de um processo inflamatório crônico nos tecidos favorece a malignização do líquen oral. Em tais circunstâncias, ocorre liberação crônica de células inflamatórias e citocinas, e esse passa a ser o microambiente local, o que pode acarretar em stress oxidativo. Consequentemente, há ativação de oncogenes e inativação de genes supressores tumorais, ou seja o conjunto de substâncias gerada pode atuar como mutagênicos e diversos mecanismos essenciais da células serão prejudicadas como a proliferação celular e apoptose. Tem-se assim, a progressão de células tumorais, e ativação de fatores de transcrição que induzem a proliferação celular, angiogênese e metástase. Conclusão: Para aqueles autores que defendem o potencial de malignização, tem-se atualmente os eventos bioquímicos associados ao curso crônico da inflamação, como principais associações a transformação maligna do líquen plano oral, pois a situação criada gera danos ao DNA celular, assim tornando ciclo celular desregulado.
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