INTERAÇÃO ENTRE FUNGOS E BACTÉRIAS NO BIOFILME: INFLUÊNCIA NA VIRULÊNCIA MICROBIANA
DOI:
https://doi.org/10.51161/rems/655Palavras-chave:
Interação, polimicrobiana, sinergismo, micro-organismosResumo
Introdução: Fungos e bactérias representam um risco para hospedeiros. Estudos recentes, no entanto, relatam que não apenas esses micro-organismos causam independentemente um número substancial de infecções, mas também co-infectam pacientes na forma de biofilmes complexos. A relação entre fungos e bactérias em biofilmes, incluindo interação física e moléculas secretadas, é frequentemente sinérgica, com alto potencial para afetar a dinâmica de infecções polimicrobianas e os seus resultados. Mais importante ainda, os biofilmes formados por este tipo de interação são altamente resistentes aos antimicrobianos e consequentemente são muito difíceis de tratar. Objetivo: Devido à relevância do tema e à alta frequência de co-isolamento de fungos e bactérias de infecções humanas e instrumentos hospitalares, esta revisão se concentrará nas interações in vitro e in vivo entre estes dois reinos, com atenção especial a morfologia patogênica fúngica e bacteriana no biofilme e a sua influência na virulência. Material e métodos: Foi realizada uma busca na base de dados PubMed, Biblioteca Cochrane, Web of Science e Scopus, no período 2000 - 2020, utilizando os termos “interactions” “microorganisms”, “interactions between microorganisms” combinados entre si. Foram selecionados artigos de qualidade A das evidências. Resultados: Os mecanismos por trás da interação microbiana e formação de biofilme são diversos, incluindo sinergismo direto, expressão de moléculas, bem como estimulação microbiana dos mecanismos de defesa do hospedeiro. Conclusão: Portanto, explorar a dinâmica da relação entre fungos e bactérias no biofilme e os seus processos patogênicos no hospedeiro ajudará a superar as limitações atuais no que diz respeito à compreensão das interações microbianas e terapias relativas a infecções polimicrobianas, uma vez que os tratamentos são destinados a uma única espécie sem considerar os efeitos de uma causa polimicrobiana.
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